Ageing in place significa a capacidade de continuar a viver em casa e na comunidade ao longo do tempo, com segurança e de forma independente.
O Guia “Boas Práticas de Ageing in Place. Divulgar para valorizar” foi realizado entre Setembro de 2017 e Maio de 2018, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e da Universidade Católica Portuguesa. Parte do princípio de que Ageing in place significa a capacidade de continuar a viver em casa e na comunidade ao longo do tempo, com segurança e de forma independente.
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Ageing in place é a capacidade de continuar a viver em casa e na comunidade ao longo do tempo, com segurança e de forma independente.
Conceito que requer uma abordagem interdisciplinar protagonizada pela gerontologia, valorizando intervenções em diferentes escalas: nacional, regional, comunitário e individual. Atualmente, nos países economicamente mais favorecidos, quando os idosos começam a perder autonomia e capacidades, a opção é muitas vezes a institucionalização, enquanto nos países economicamente mais frágeis o ageing in place surge não como uma opção mas sim uma necessidade, dadas as limitações dos sistemas de segurança social e a falta de alternativas institucionais.
Portanto, o ageing in place não deve ser visto como um recurso mas antes como a primeira opção para as famílias, pelas vantagens de inclusão social e de recompensa emocional que traz associadas. É por isso urgente valorizar e dar a conhecer o que de positivo se faz para promover o ageing in place em Portugal, onde uma população cada vez mais envelhecida não pode ficar à margem das comunidades em que vive.
À pergunta “qual o lugar ideal para envelhecer?”, as pessoas mais velhas respondem geralmente “aquele que eu já conheço”. Na verdade, envelhecer no lugar onde se viveu a maior parte da vida e onde estão as principais referências dessa vida (relacionais e materiais) constitui uma vantagem em termos de manutenção de um sentido para a vida e de preservação de sentimentos de segurança e familiaridade. Isto é alcançado tanto pela manutenção da independência e autonomia, como pelo desempenho de papéis nos locais onde se vive. Assim, o ageing in place atua de múltiplos modos, que precisam de ser tidos em conta na definição de ações e políticas dirigidas aos mais velhos.
O guia “Boas Práticas de Ageing in Place. Divulgar para valorizar”, organizado por António Fonseca, explora o conceito de ageing in place baseado na recolha de iniciativas de base local, com entrevista presencial, o que possibilitou o contato direto com as iniciativas selecionadas e o aprofundamento da recolha de informação. Assim, o guia apresenta a organização e divulgação de iniciativas atualmente implementadas em Portugal e que classifica como boas práticas neste domínio. Para além disso, apresenta um enquadramento sobre o envelhecimento populacional e as respostas tradicionais e a relação entre as pessoas mais velhas e a comunidade.
A Publicação foi desenvolvida pela Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa, que dá a conhecer o mapeamento das boas práticas de envelhecimento ativo realizadas em Portugal. Práticas que também sinalizam modalidades de intervenção social em linha com as que são preconizadas pela Organização Mundial de Saúde quando se refere ao ageing in place como ter apoio social necessário para viver, com segurança e de forma independente, em casa e na comunidade à medida que se envelhece.