As pessoas idosas não são valorizadas pela sociedade, diz estudo

Este é um dos resultados do relatório chamado El desafío de la diversidad en el envejecimiento. Familia, sociabilidad y bienestar en un nuevo contexto”, do Barómetro de la Deuda Social con las Personas Mayores (2010-2016), da Argentina, a ser apresentado ao país no próximo dia 17 de maio. O estudo contou com o apoio da Fundación Navarro Viola e trata das percepções subjetivas sobre família, sociabilidade, solidariedade, lazer, acesso à saúde e bem-estar.

 

 

as-pessoas-idosas-nao-sao-valorizadas-pela-sociedade-diz-estudoAnte a pergunta como as pessoas idosas percebem sua valorização na sociedade, uma a cada três pessoas respondeu que se sente pouco ou quase nada valorizada. Que o que diz agora, como aposentada, tem pouca importância.

De acordo com o Relatório El desafío de la diversidad en el envejecimiento. Familia, sociabilidad y bienestar en un nuevo contexto”, do Barómetro de la Deuda Social con las Personas Mayores (2010-2016), da Argentina, sentir-se valioso é algo importante para todas as pessoas, inclusive as mais velhas. Depende tanto dos critérios que tem uma sociedade para valorizar seus membros (por exemplo, o poder, o prestígio, o dinheiro, etc.) como dos atributos que cada um tem a respeito desses critérios.

No estudo realizado pelo Barómetro sobre as pessoas idosas e cujos resultados serão apresentados em breve, indagou-se sobre quatro aspectos do sentimento de valorização, a saber: a) suas palavras ou opinião, b) seus conhecimentos, c) sua experiência laboral, e d) o cuidado que pode brindar a seu cônjuge, familiares ou entorno.

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O resultado é que atualmente 53,9% das pessoas idosas da Argentina sente que é valorizada em todas as dimensões. O resto (também uma de cada duas pessoas idosas) sente que a sociedade não a valoriza em poucas das questões mencionadas. Dentro destes últimos, 28,5% sente que a sociedade não a valoriza em nenhuma das dimensões analisadas.

Tais resultados expressam um importante déficit em matéria de valorização social mas os resultados podem ser melhores compreendidos se os compararmos com os encontrados na população entre 18 e 59 anos, em que também cerca de 29,6% têm a mesma percepção de desvalorização. Não é que se desvaloriza especialmente as pessoas idosas, trata-se de uma sociedade que desvaloriza uma proporção importante dela, por um lado, e por outro, aos com mais de 60 anos.

Outro resultado interessante é que dentro da faixa das pessoas idosas, a desvalorização não aumenta com a idade. Não é, por exemplo, que os de 75 anos e mais se sintam mais desvalorizados que os de entre 60 e 74 anos. No entanto, há sim uma brecha de gênero: as mulheres idosas se sentem mais desvalorizadas que os homens idosos.

Como em muitos outros atributos analisados pelo Barómetro de la Deuda Social con las Personas Mayores, aqueles que expressam a estratificação social são os que estão mais associados com a percepção de desvalorização. Por um lado, com o nível de escolarização: os que tem menos oportunidades educativas (não completaram o ensino fundamental, que são a maioria das pessoas idosas) se sentem bastante menos valorizadas, em comparação com os que tiveram melhor acesso à educação. Mas as diferenças são enormes quando se compara entre estratos socioeconômicos: a desvalorização no nível muito baixo se quadriplica à encontrada no nível médio alto.

As diferenças segundo tipo de casa (viver só ou acompanhado e por quem) não são tão importantes como as recém assinaladas, mas o estudo mostra que conviver exclusivamente com outras pessoas idosas (o típico casal de idosos) diminui o sentimento de pouca valorização social, que é muito mais frequente entre quem vive só.

Dentro das quatro dimensões da valorização social analisadas tem uma em que a desvalorização é percebida como menor: o cuidado que se pode brindar a seu cônjuge, familiares ou entorno. Em outras palavras, o mais valorizado pela sociedade são os cuidados que as pessoas idosas brindam aos outros. Na sociedade argentina, onde muitos, sejam ou não idosos, se sentem tão pouco valorizados, o cuidado dos outros se constitui uma exceção.

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