O profissional de saúde deve criar um plano eficaz de longo prazo para que o paciente possa conviver com osteoartrite com qualidade de vida.
Os cuidados de saúde de qualidade para os indivíduos, de maneira geral, incluem dois elementos fundamentais: tratamento adequado para a doença atual e cuidados preventivos adequados para tentar diminuir o declínio futuro da saúde. Os cuidados de saúde preventivos são um aspecto importante da prática médica, levando a melhorias significativas na saúde geral. Várias questões estão envolvidas na prestação de cuidados preventivos eficazes quando se fala de doenças crônicas, como a osteoartrite.
A osteoartrite é uma condição crônica que tem um resultado variável ao longo do tempo. Com o tempo, os sintomas podem melhorar, permanecer os mesmos ou piorar gradualmente, especialmente se os fatores contribuintes não forem devidamente modificados (principalmente aumento do peso corporal e desalinhamento da articulação). O tratamento pode ajudar a aliviar os sintomas, melhorar a capacidade de movimento e permitir que a pessoa permaneça ativa. O tratamento da osteoartrite inclui uma combinação de terapias não medicamentosas, terapia medicamentosa e, em alguns casos, cirurgia.
CONFIRA TAMBÉM:
Conheça a Trilha da Longevidade Brasileira
- 11/03/2023
Por isso os profissionais da saúde precisam priorizar e decidir quais dos muitos serviços preventivos disponíveis devem ser recomendados e quais devem ser desencorajados para evitar danos causados por testes ou intervenções inadequadas. Também devem encontrar uma maneira de fornecer serviços preventivos de forma eficiente no contexto de uma prática clínica movimentada.
É de grande importância a abordagem da prevenção e como priorizar os serviços preventivos. Também discutir, simplificar e resumir as recomendações de prevenção primária e triagem voltadas principalmente para adultos para conservação da reserva de saúde desde o início da idade adulta e proporcionar desta maneira o envelhecimento saudável.
Conviver com osteoartrite
A osteoartrite (OA) é uma condição dolorosa que pode afetar uma ou mais articulações. Envolve perda de cartilagem, geralmente acompanhada de inflamação leve e alterações no osso mais próximo da articulação, bem como fraqueza dos músculos ao redor da articulação. Isso resulta em dor, rigidez e dificuldade para mover facilmente a articulação.
No passado, a osteoartrite era considerada simplesmente um processo degenerativo de “desgaste” e, portanto, muitas vezes erroneamente chamada de doença articular degenerativa. No entanto, a patogênese da OA é muito mais complexa do que apenas desgaste e o termo “osteoartrite”, onde “-ite” é indicativo de um processo inflamatório, é realmente correto.
A osteoartrite é uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo, principalmente devido a dor, o principal sintoma da doença. A magnitude da questão é evidenciada por dados da Previdência Social no Brasil, de maneira que representa cerca de 7,5% de todos os afastamentos do trabalho; representa a segunda doença entre aquelas que concedem auxílio-inicial, com 7,5% do total; é a segunda também em relação ao auxílio-doença com 10,5%; é a quarta responsável por determinar aposentadoria (6,2%).
Diferentes fatores podem contribuir para o desenvolvimento da osteoartrite, incluindo fatores genéticos, obesidade e lesões articulares. Embora seja mais comum em idosos, a osteoartrite não é uma parte inevitável do envelhecimento. Qualquer articulação pode ser afetada pela osteoartrite, mas ocorre com mais frequência nas mãos, joelhos, quadris e coluna.
O tratamento da osteoartrite é feito sob medida, baseado na gravidade da dor e rigidez, quais articulações são afetadas, quanta dificuldade o paciente está tendo com as atividades diárias e suas preferências. É importante para o profissional de saúde criar um plano eficaz de longo prazo para que o paciente possa conviver com osteoartrite de forma a maximizar a sua qualidade de vida.
Foto destaque Jacob Kelvin.J./pexels
