Direitos e garantias às pessoas idosas precisam ser planejados e, na sequência, terem alocação de recursos orçamentários para sua realização
Anos de eleições criam a oportunidade à sociedade civil organizada e para cidadãos e cidadãos brasileiros em incentivar a classe política, candidata a cargos eletivos, de apresentarem suas propostas à comunidade. Em especial, os postulantes a cargos no Executivo, de apresentarem seus planos de governo, mais ou menos detalhados, com maior ou menor transparência e acessibilidade.
CONFIRA TAMBÉM:
“Sou velho, não idiota!”
- 20/02/2022
UNEAL entrega caderno “Histórias e Memórias”
- 08/03/2022
Como conviver com a doença de Parkinson?
- 18/02/2022
É uma oportunidade importante para instituições representativas da sociedade civil e lideranças voltadas a grupos de pessoas idosas em apresentarem seus questionamentos, demandas, expectativas, necessidades e reflexões sobre o que esperam dos governantes em relação à realidade da população idosa brasileira, no curto, médio e longo prazo (mesmo que um mandato de quatro anos, há decisões governamentais que impactam em planos decenais, por exemplo).
Acredito na enorme importância da participação popular gerando “pressões” sociais que impactem nas candidaturas a cargos eletivos, de forma que candidatos e candidatas se posicionem pública e formalmente sobre o que pensam e o que pretendem fazer para melhorar a realidade da população idosa brasileira. É um momento estrategicamente relevante, de forma que a informação tenha sua divulgação ampliada para mais pessoas, e, consequentemente, no futuro mais pessoas possam cobrar as propostas feitas pelos candidatos que se elegerem.
O processo de evolução na democracia representativa e na democracia participativa passa pelo cenário eleitoral. Direitos e garantias às pessoas idosas precisam ser planejados e, na sequência, terem alocação de recursos orçamentários para sua realização. A relação entre planejamento e orçamento público é indispensável e precisa ser bem elaborada.
O orçamento público tem, entre outras características, o aspecto político, que é evidentemente muito forte. A mudança comportamental decorrente do uso tecnológico da internet e redes sociais nas eleições mais recentes é inegável e ganha espaço e força a cada eleição. Essas ferramentas podem ser úteis à população idosa, na fiscalização do cumprimento de propostas dos políticos.
Em momentos em que tantos políticos se mostram tão interessados em apresentar soluções para problemas reais do Brasil, surge a oportunidade de se debater planos de governo para pessoas idosas.
Foto destaque de Avel Danilyuk/Pexels