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A importância dos grupos de convivência para mulheres idosas

Mulheres idosas tomam café em uma mesa

Os grupos de convivência oferecem múltiplos benefícios: experiências, suporte e aprendizagens.


Raquel da Silva Pavin (*)

À medida que a população mundial envelhece, a sociedade enfrenta inúmeros desafios para atender às necessidades de seus cidadãos mais velhos. Entre essas necessidades, a questão da solidão e do isolamento social se destacam, particularmente entre as mulheres idosas. Os grupos de convivência formados por mulheres idosas são de grande importância social, pois esses espaços não apenas reduzem o isolamento, mas também promovem a interação social, intelectual e o autocuidado.

Enfrentando a solidão

Para muitas mulheres idosas, a aposentadoria e a perda de entes queridos podem levar a um sentimento significativo de isolamento. A solidão não é apenas uma questão emocional; estudos têm mostrado que pode ter impactos físicos comparáveis ao tabagismo ou à obesidade. É aqui que os grupos de convivência entram como uma ferramenta essencial para combater o isolamento, proporcionando um senso de comunidade e pertencimento.

Benefícios dos grupos de convivência

Os grupos de convivência oferecem múltiplos benefícios. Eles criam um ambiente onde as mulheres idosas podem compartilhar experiências, oferecer suporte mútuo e continuar aprendendo. Tais grupos frequentemente organizam atividades que mantêm os membros fisicamente ativos, desde oficinas de memória, aulas de dança, debates sobre temas vividos na velhice, elementos cruciais para manter a mobilidade e a saúde física, mental, social e cultural nesta etapa da vida.

Além disso, esses encontros permitem a troca de conhecimentos e habilidades, fortalecendo o sentimento de valorização social e autoestima entre suas participantes. Muitos grupos também incorporam atividades educacionais e culturais, que mantêm a mente das participantes estimulada e engajada.

Apoio emocional e afetivo

Outro aspecto fundamental dos grupos de convivência é o apoio afetivo e emocional que eles proporcionam. Poder falar abertamente sobre suas preocupações e alegrias com outras mulheres que enfrentam desafios semelhantes pode ser extremamente terapêutico. Este suporte pode ser um fator crucial na prevenção de condições como depressão e ansiedade, que podem estar presentes no processo de envelhecimento humano.

Impacto social

Os grupos de convivência também desempenham um papel importante na reintegração das mulheres idosas à vida comunitária. Eles encorajam a participação em voluntariado e outras atividades sociais, fortalecendo as redes de segurança comunitária e aumentando a visibilidade das idosas na sociedade. Isso não apenas melhora a qualidade de vida, mas também enriquece a comunidade como um todo, proporcionando trocas intergeracionais.

Assim, os grupos de convivência são essenciais para abordar as complexidades que permeiam os envelhecimentos, especialmente entre as mulheres. Ao proporcionar espaços para socialização, aprendizado e suporte, esses espaços garantem que as mulheres idosas não apenas envelheçam, mas que floresçam. Investir em tais iniciativas é uma maneira valiosa de valorizar as pessoas que envelhecem em nosso país, garantindo as pessoas idosas dignidade.

Dica de filmes que abordam o tema

Esses filmes oferecem entretenimento, e proporcionam reflexões profundas sobre o envelhecimento, a amizade e a importância do apoio social. Eles celebram a ideia de formar novos laços, enfrentar desafios e desfrutar a vida ao máximo.

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Garotas do Calendário – Baseado em uma história verdadeira, este filme segue um grupo de mulheres idosas que produzem um calendário de nu artístico para arrecadar dinheiro para a caridade. Ao longo do processo, elas fortalecem seus laços de amizade e se apoiam mutuamente.

Do Jeito Que Elas Querem – Este filme é sobre um grupo de amigas que têm um clube do livro há décadas. Quando elas decidem ler “Fifty Shades of Grey”, suas vidas amorosas e amizades são agitadas e renovadas, mostrando que a descoberta e o crescimento continuam em todas as fases da vida.

(*) Raquel da Silva Pavin – Assistente Social e Gerontóloga, Doutoranda em Memória Social e Bens Culturais, Mestra em Políticas Sociais e Serviço Social, Especialista em Envelhecimento e Qualidade de Vida. Criadora do grupo de convivência Tecendo Vivências, EnvelheCine e do Grupo de Estudos sobre Velhices Plurais (GEVP).  Autora do livro “Mulheres idosas e o apoio social”. Instagram profissional: @geronidade.

Serviço

Livro “Mulheres idosas e o apoio social”

Autora: Raquel da Silva Pavin

Ano de edição: 2020

Número de páginas: 92

Editora: Editora CRV

Fotos internas: Divulgação. Foto destaque: shutterstock


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