A deficiência deixa o idoso vulnerável, com o sistema imunológico fragilizado e suscetível a infecções. Além de reduzir drasticamente a qualidade de vida, já que esses micronutrientes são responsáveis por regular tudo no organismo.
Todos já estão cansados de ouvir sobre vitaminas e minerais, é bem comum ouvir uma mãe dizendo: “Coma isso que tem muitas vitaminas”.
Mas, afinal, qual será a função destes micronutrientes?
Você já se perguntou como os líquidos permanecem dentro do corpo ou como se formam os ácidos gástricos?
Podemos dizer que vitaminas e minerais regulam todas as reações do organismo. Organiza o sistema imunológico, o apetite, o sono, a renovação das células, o sistema reprodutivo, a qualidade da pele, cabelos e unhas. Fazem parte das enzimas, do transporte do oxigênio e água para as células, a água fica presa dentro das células devido aos íons de sódio e potássio, ou seja, sem eles ficamos desidratados.
Quando se usa o termo alimentação balanceada, é destes micronutrientes que também estamos falando, ou mesmo o termo calorias “vazias”, refere-se ao consumo de alimentos de baixo valor nutricional, porém que podem ser calóricos.
As melhores fontes desses micronutrientes são alimentos de verdade, aqueles minimamente processados como o feijão, arroz, raízes, frutas, verduras, castanhas, carnes, ovos e leite e seus derivados.
Para ter-se uma ideia da grande importância dos pequenos nutrientes, as políticas de saúde pública no Brasil obrigam que o sal de cozinha seja enriquecido com iodo, para controle de doenças relacionadas à glândula da tireoide e, que as farinhas de trigo sejam fortificadas com ferro e ácido fólico para minimizar os casos de anemia ferropriva e megaloblástica.
Com o aumento da expectativa de vida, a população idosa está cada vez mais crescente e, é comum a má alimentação por parte desses idosos.
Os filhos cresceram, saíram de casa e a mãe, torna-se avó, o pai avô, e aquela obrigação de produzir refeições saudáveis diariamente por conta dos filhos vai diminuindo cada vez mais, colaborando para que o idoso compre alimentos fáceis, processados e de baixo valor nutricional.
Outros fatores que também colaboram para deficiências nutricionais são o uso de muitos medicamentos, que podem prejudicar absorção ou acelerar a excreção dos minerais.
A deficiência deixa o idoso vulnerável, com o sistema imunológico fragilizado e suscetível a infecções. Além de reduzir drasticamente a qualidade de vida, já que esses micronutrientes são responsáveis por regular tudo no organismo.
Mas, antes de qualquer suplementação, o ideal é adequar à alimentação, procurar um nutricionista para acompanhamento, para que seja analisada a necessidade de minerais ou vitaminas que realmente precisem ser suplementados.
No caso da necessidade de se tomar medicação é importante conversar com o médico responsável sobre os efeitos colaterais da mesma.
Existem alguns elementos que são essenciais a saúde e que podem ser suplementados, sem contra indicações, como, por exemplo, os ácidos graxos ômega 3, 6 e 9, os ácidos alfa-linolênico, eicosapentaenóico e o docosa-hexaenóico, são ácidos carboxílicos poli-insaturados que possuem efeito antioxidante, antienvelhecimento, modula o sistema imunológico, auxiliam na regeneração das bainhas de mielina dos neurotransmissores, causam efeitos positivos melhorando a saúde cardiovascular, aumentam o HDL (colesterol “bom”), e reduzem o LDL (colesterol “ruim”).
Outro nutracêutico a ser suplementando sem contra indicações, desde que não ultrapasse a dose de 10g diárias, é o colágeno hidrolisado, ele irá fornecer nutrientes para a reparação celular dos tecidos, podendo melhorar a qualidade das articulações, pele, cabelos e unhas.
Em todas as fases da vida fazer um acompanhamento nutricional é imprescindível, pois, direciona os pacientes para os alimentos adequados a sua saúde, principalmente, na terceira idade, onde algumas necessidades especiais já se instalaram.
Para termos um parâmetro das nossas necessidades, existe um questionário de pontos que, ao final, nos mostra como anda nossa alimentação e o que precisa ser mudado.
A alimentação adequada traz melhora na qualidade de vida dos idosos.
Referências
Cozzolino, S.M.F. Biodisponibilidade de Nutrientes. 3 edição. Manole. 2009