O livro “Velhos Institucionalizados e Família: Entre Abafos e Desabafos”, escrito Adriana Alcântara, é resultado de dissertação de mestrado em Gerontologia defendida na Unicamp. É uma referência na literatura gerontológica para uma compreensão da questão do abrigamento de idosos em nosso país.
As instituições de longa permanência são uma opção viável e uma necessidade social. Execrá-las como se fossem o inferno, como se familiares e profissionais fossem algozes, ou mesmo aceitá-las como um mal necessário é não ter olhos para a enorme complexidade das relações envolvidas no cuidado familiar e formal de idosos.
Monstros, insensíveis e exploradores não são rótulos que se encaixem perfeitamente a todos os profissionais de asilos. Não cabem aos filhos, sempre, os rótulos de ingratos, insensíveis e desnaturados, ou então de amorosos, responsáveis e gratos.
Nem todos os idosos são apenas santos, ou vítimas, ou desajustados e, definitivamente, a velhice não suscita qualidades e defeitos individuais e de relacionamento familiar que já não existissem antes.
Esses são ensinamentos a tirar do trabalho de Adriana Alcântara, que também adverte para a necessidade de a sociedade zelar pela qualidade material, social e afetiva das instituições para idosos.
O livro é resultado de dissertação de mestrado em Gerontologia na Universidade de Campinas (Unicamp) defendida em 2003 pela autora. Foi publicado pela editora Alínea (2010), e traz os seguintes capítulos: O Velho e a Família, A Institucionalização da Velhice, A Decisão pela Institucionalização, Método: o Desenvolvimento da Pesquisa, Resultados e Discussão: Entre Abafos e Desabafos, o Destino de um Grupo de Idosos Institucionalizados. Trata-se de uma referência na literatura gerontológica para uma compreensão da questão do abrigamento de idosos em nosso país.
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