Aplicativo usa a tecnologia para combater a “crise cada vez mais letal do isolamento” entre os idosos nos Estados Unidos.
Victor Román (*)
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A velhice é difícil, e se uma pessoa acaba vivendo esta fase de sua vida isolada, pode ser muito mais difícil. É por isso que algumas empresas criaram aplicativos que conectam idosos a jovens que querem passar o tempo com eles. Algo como um “uber de netos”.
De acordo com o Wall Street Journal, a ideia de ter “netos sob demanda” está sendo tão bem-sucedida que até mesmo as companhias de seguros estão procurando oferecer esse tipo de serviço. O mais conhecido desses aplicativos é Join Papa e, como esperado, os usuários estão felizes.
“Todo mundo é muito legal e, você sabe, eu vou falar com eles e descobrir o que eles estão fazendo, estudando e assim por diante”, disse Marilyn Sumkin, de 87 anos, ao WSJ. “É um serviço muito importante para mim”, acrescentou.
App Join Papa
Join Papa cobra US $ 17 por cada serviço, mas paga aos jovens em idade universitária 10 dólares por hora para ajudar idosos a comprar, fazer tarefas domésticas ou apenas sair e conversar, de acordo com o ambiente americano. Uma seguradora, chamada Humana, chegou a experimentar um programa piloto na Flórida que inclui dez horas por semana em Join Papa, perto de Tampa.
Este novo aplicativo usa a tecnologia para combater a “crise cada vez mais letal da solidão” entre os idosos nos Estados Unidos, um país que está passando por um rápido envelhecimento de sua população.
Para alguns, o contato humano habilitado pelo aplicativo é crucial. Sumkin, a senhora de 87 anos que contou ao WSJ sobre sua experiência com Join Papa, disse que os jovens (juntamente com uma aula de alongamento quinzenal) eram o único contato humano que ela tinha.
Os efeitos do envelhecimento trazem uma série de problemas cardíacos e cognitivos. No entanto, várias investigações descobriram que, além do contato humano, as consequências da velhice podem ser combatidas com a atividade física ou com instrumentos musicais.
(*) Victor Román – é jornalista e escreve para N+1 em espanhol. Esta notícia foi publicada originalmente em N+1, ciencia que suma. Tradução livre.