Foram 23 encontros, de março a maio, realizados em uma sala do Sindicato dos Bancários, no centro de São Paulo. No dia 2 de junho, coroando essa etapa, 18 cuidadores (17 mulheres e 1 homem), receberam seus certificados de conclusão do curso, em meio a muita emoção e planos para o futuro.
Maria Lígia Pagenotto
“Formamos mais uma turma e isso é muito gratificante para nós. Quero agradecer à parceria do Sindicato dos Bancários Aposentados, representado aqui por sua presidente, Glória Abdo, que nos cedeu o espaço”, disse Marília Berzins, membro do OLHE e responsável pelo curso.
Sem poder estar presente, a presidente do OLHE, Ingrid Mazeto, enviou, por e-mail uma mensagem parabenizando os formandos.
Maria Vanira Peixoto também compareceu à cerimônia com o patrão e a patroa. “Sou cuidadora porque gosto. O curso ampliou meus conhecimentos, foi maravilhoso. Pretendo continuar investindo nessa profissão.”
A aluna Norma Cougni leu um texto emocionado em nome dos companheiros, agradecendo “a oportunidade única de aprender a cuidar do outro”. Em seu depoimento, ela ressaltou que as aulas ofereceram algo além do cuidado físico. “Foi um aprendizado para o ‘cuidar humanizado’. Que a gente faça todos os dias a diferença na vida dos outros.”
Na ocasião estiveram presentes alguns dos professoras do curso de formação de cuidadores de idosos, entre eles, Marília Berzins (assistente social e membro do OLHE), Sandra Teixeira (assistente social), Sueli Ilkiu (farmacêutica), Janisse Leite (médica geriatra) e Eliane Lima (enfermeira). Também marcou presença a enfermeira Viviane Bianco. Mais sete professores integram o grupo de docentes.
A cuidadora Francilucia Benigno Silva levou a irmã e sobrinhas para prestigia-la. Há 12 anos na área, acredita que, com a formação que teve, vai poder se aprimorar muito na função. “A gente acha que sabe muita coisa, mas, na prática, constata que ainda há muito a aprender”, resumiu.
O único homem da turma, Valmar Falcão, disse que o curso chamou muito sua atenção para a questão do preconceito que os jovens têm com os velhos. “Eu mesmo já fui um jovem preconceituoso. É preciso mudar essa visão e o curso colabora com isso”.
Ivanita da Silva Campos também ressaltou a diferença que o curso fez em sua vida. “Peguei mais gosto, acho, pelo meu trabalho. A gente vai fazendo as coisas meio do ‘jeitinho brasileiro’, sem técnica, e isso não é bom. Temos muito o que aprender, aqui eu vi como!”, observou.
A auxiliar de enfermagem Auremita Damasceno de Oliveira contou que na sua profissão nunca aprendeu a lidar com a velhice. “Não se fala muito nesse assunto, há muito preconceito. Hoje trabalho como ascensorista, mas quero investir na carreira de cuidadora de idosos”, sentenciou. “E aqui tive contato com conteúdos que não conhecia”. Com o novo certificado, está disposta a procurar trabalho na área. “Acho que há um grande mercado para esta profissão e falta gente preparada”, afirmou Auremita.
Durvalina do Carmo Nunes de Melo também estava animada com o certificado. “Gosto muito do meu trabalho, mas sei que sempre dá para melhorar. E aqui, com o que eu aprendi, vou fazer meu serviço com muito mais cuidado, atenção. Foi ótimo”, finalizou.