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Transformando o futuro do envelhecimento

Entre os desafios está o de nos adaptar a uma força de trabalho envelhecida e encolhida e encontrar maneiras financeiramente viáveis de oferecer assistência social e de saúde de alta qualidade para todos.


Transformando o futuro do envelhecimento é o título de um relatório publicado em 2019 o qual compila dados científicos mais recentes para ilustrar as tendências, desafios e oportunidades futuras nas populações que estão envelhecendo. Parte do princípio que o processo de envelhecimento precisa ser transformado, pois na Europa e no mundo, as pessoas estão vivendo mais do que nunca. Esta é uma das maiores conquistas do século passado, mas também traz desafios para as sociedades europeias e para Comunidade Europeia como um todo. Entre os desafios está que precisamos nos adaptar a uma força de trabalho envelhecida e encolhida e encontrar maneiras financeiramente viáveis de oferecer assistência social e de saúde de alta qualidade para todos. Quando se trata de prever como as pessoas envelhecem, as evidências indicam que os fatores genéticos são relativamente menores em comparação com os comportamentos no estilo de vida, como dieta saudável e atividade física. As políticas para promover esses comportamentos desde a primeira infância, e mesmo nos nascituros, contribuem diretamente para um processo de envelhecimento saudável em toda a vida das pessoas.

De acordo com o grupo de trabalho que elaborou o relatório, o envelhecimento na comunidade europeia é um fato que está presente em vários relatórios internacionais sobre envelhecimento publicados durante os últimos cinco anos, além da existência de pelo menos oito grupos de trabalho ativos em envelhecimento, a fim de contribuir com a elaboração de políticas baseadas em evidências. Um deles é o Grupo de Trabalho da SAPEA (Science Advice for Policy by European Academies) parte integrante do Conselho Científico da Comissão Europeia, que visa Transformar o Futuro do Envelhecimento, projeto que reuniu um grupo de trabalho multidisciplinar e que foi liderado por uma rede da Federação Europeia de Academias de Medicina. Adotando uma abordagem multidisciplinar, este grupo elaborou um Relatório de Revisão de Evidências a fim de subsidiar o planejamento e elaboração de políticas e assim impactar nas decisões tomadas pela Comissão Europeia que influencia a vida de cerca de 500 milhões de pessoas em todo o continente.

O relatório está disponível em: https://www.sapea.info/wp-content/uploads/tfa-report.pdf

O envelhecimento no futuro ocorrerá em um contexto muito diferente do passado e será profundamente afetado por fenômenos como mudanças climáticas, poluição do ar e resistência a antibióticos, além de mudanças sociais em andamento. As políticas só terão êxito se acomodarem essas alterações. A tecnologia já está mudando a experiência do envelhecimento, mas barreiras de aceitação e praticidade devem ser superadas. As melhorias na educação em uma idade jovem são vitais não apenas para melhorar a saúde individual, mas também para qualificar a futura força de trabalho com as habilidades necessárias para apoiar um envelhecimento da população em uma sociedade em rápida mudança.

O Relatório examina como a saúde pública pode proteger e melhorar a saúde das pessoas e de suas comunidades com o objetivo de melhorar as perspectivas de envelhecimento atual e futuro dos cidadãos europeus. Vale lembrar que em 2016 havia 98 milhões de pessoas na União Europeia com 65 anos ou mais, em comparação com 80 milhões de crianças com menos de 16 anos. Levando em consideração que a expectativa da próxima geração de idosos ultrapasse a de seus pais, torna-se absolutamente necessário prever e planejar os desafios que eles enfrentarão.

O Relatório recomenda a combinação de duas estratégias: 1) Promover estilos de vida saudáveis ​​ao longo da vida, assim como detectar e modificar precocemente fatores de risco da meia-vida, a fim de adiar a incapacidade; e 2) Prestar cuidados de saúde e sociais mais adequados à população idosa da Europa, oferecendo cuidados integrados e holísticos nas comunidades e equipamentos de saúde para todas as idades. Ambas as abordagens devem ter em mente que a tecnologia não apenas transformará atitudes de toda a população em relação à vida, mas também revolucionará os sistemas de atendimento; e qualquer que seja o impacto da tecnologia, um número adequado de profissionais de saúde qualificados será absolutamente essencial.

O relatório entende que o envelhecimento faz parte do curso da vida e pode estar associado a desafios de saúde, mas também oportunidades. Um amplo espectro de medidas individuais e sociais, incluindo educação, são necessários para facilitar o melhor envelhecimento. Vejam as 10 premissas com as quais o relatório foi elaborado:

1 – O relatório entende o envelhecimento como uma oportunidade para indivíduos e sociedade como um todo.

2 – Quatro princípios principais orientaram o pensamento e a redação do relatório: A definição atualizada de “envelhecimento saudável”; A abordagem do conceito curso de vida; A crença de que a idade é apenas um número; e a A internalização de custos e benefícios como parte essencial da saúde e política de atendimento da sociedade.

3 – O relatório reúne evidências de estudos longitudinais sobre exposições físicas e sociais durante a gestação, infância, adolescência e vida adulta que podem ter efeitos no processo de envelhecimento.

4 – Promoção inovadora da saúde e estratégias preventivas para a meia-idade podem permitir que gerações mais jovens desfrutem de um envelhecimento saudável no futuro.

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5 – A promoção da saúde ao longo da vida e a prevenção de doenças desempenham papéis cruciais, tanto na promoção da saúde quanto na prevenção de doenças.

6 – As comunidades para todas as idades permitem que as pessoas mais velhas se sintam seguras e sigam suas vidas confortavelmente.

7 – Favorecer o envelhecimento em casa é uma alta prioridade.

8 – Criação de equipamentos de saúde para todas as idades

9 – A tecnologia impactará o envelhecimento individual e populacional e revolucionará a prestação de cuidados de saúde.

10 – Por mais que a tecnologia avance, um número adequado de assistência médica e de profissionais qualificados serão absolutamente essenciais.

Foto de destaque: Sarbjeet Sandhu


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