Terceira idade: Novos hábitos de consumo

Eles dispõem de tempo para se dedicar às compras, vão ao supermercado pelo menos cinco vezes por semana e, segundo pesquisa feita pela GFK, possuem potencial de consumo de R$ 7,5 bilhões, o dobro da média nacional. Mesmo com todas essas características, os consumidores da terceira idade ainda passam despercebidos diante dos olhos do mercado, que não costuma traçar estratégias específicas para atrair esse perfil que, ao contrário do que se pensa, não é nada conservador em seus hábitos de consumo.

 

 

O Brasil conta hoje com 19 milhões de idosos, faixa etária que mais cresce no país, representam 10,5% da população total e 83% deles vivem nas cidades (IBGE 2009). Eles despontam como um novo filão para empresas de produtos e serviços, pois 80% desse grupo recebe aposentadorias e pensões, além de ter obtido uma melhoria de renda nos últimos 10 anos. O perfil do idoso brasileiro mostra que ele está mais planejado em relação às compras. Pesquisa do Datafolha publicada em 2008 revela que 72% dos idosos saem de casa todos os dias. Além disso, eles sempre pedem uma segunda opinião antes de escolher determinado produto.

O mercado

O mercado de cosméticos, o setor bancário e as instituições de ensino já começam a ver um mercado promissor no público acima dos 65 anos. Tanto que estão investindo mais nos pontos-de-venda e nos programas de fidelização, pois sabem que os idosos gostam de ser reconhecidos como bons clientes.

A abordagem desse público também merece cuidado especial. A aproximação de venda deve valorizar o produto ou serviço que priorize sua liberdade. É importante que a loja entenda a terceira idade no contato visual. “O banco é um acontecimento importante na rotina do idoso. Ele gosta de estar inserido na modernidade, embora ainda tenha certo temor. O lazer, muitas vezes, é sair para realizar serviços cotidianos como o pagamento de contas e compras no supermercado. Mas para lançar estratégias para esse público é preciso levar em consideração algumas especificidades. Não é ressaltando suas deficiências que uma marca vai conseguir conquistá-lo”, ressalta Gilberto Cavicchioli, professor do Núcleo de Gestão de Pessoas da ESPM.

Internet muda perfil

Os números divulgados pela Datafolha em 2008 mostram que apenas 5% dos idosos têm acesso a internet no Brasil. Entretanto, a rede mundial de computadores tem sido responsável por uma mudança no ponto de vista dessa classe. O consenso de lealdade às marcas que antes era atribuído a essa faixa etária vem se quebrando ao longo do tempo, embora grande parte da população acima dos 65 anos ainda mantenha preferência por determinados produtos. O que se vê é que quanto mais acesso à informação tem o idoso, mais aberto ele se torna a novas experiências.“Os que se informam mais estão mais dispostos a mudanças. Conhecer as necessidades deste público é a peça chave para uma iniciativa mercadológica eficaz”, analisa Claudio Felisoni, especialista em comportamento de consumo.

O consumo na Terceira Idade

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– 19 milhões dos brasileiros são idosos

– 77% dos idosos gasta entre R$ 100 e R$ 550 mensais no supermercado

– 80% tem algum tipo de renda

– 20% associa as compras a uma atividade de lazer

– 20% da população economicamente ativa

– 70% não compra por impulso, além de evitar comprar nos fins de semana

– São responsáveis por 10% do varejo físico e 50% do varejo virtual

– Potencial de consumo da terceira idade é de R$ 7,5 bilhões

– 72% saem de casa todos os dias
- A renda média da aposentadoria é de R$ 777,60

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Fontes: Provar, Datafolha e IBGE. Matéria completa no HYPERLINK. Acesse Aqui 

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