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Terapia de casal, na maturidade

A rotina, a monotonia de cada dia, a falta de diálogos, e principalmente, diferentes desejos e expectativas nessa fase da vida, contribuem para que haja separação do casal, ou permaneçam juntos e infelizes. A Terapia de casal é uma nova proposta para as pessoas na maturidade vivenciarem. Há possibilidade de autoconhecimento, de desenvolvimento da empatia (se colocar no lugar do outro e perceber o que o outro sente), com o objetivo de melhorar e dar novas cores para o relacionamento.

Josilainy Toniolo(*)


Quem diria que companheiros de 30, 40 anos de união, fariam terapia de casal?

Com tantos anos de convivência, supõe-se que já não há nada a mudar na relação. Mero engano, quem assistiu o filme “45 Anos” (Reino Unido, 2015), de Andrew Haigh, viu as conturbadas relações entre um homem e uma mulher casados há muitos anos. O filme trata de casal que já passou dos 60 e tem de lidar com as mazelas do envelhecimento.

A rotina, a monotonia de cada dia, a falta de diálogos, e principalmente, diferentes desejos e expectativas nessa fase da vida, contribuem para que haja separação do casal, ou permaneçam juntos e infelizes.

É uma nova proposta para as pessoas na maturidade vivenciarem. Há possibilidade de autoconhecimento, de desenvolvimento da empatia (se colocar no lugar do outro e perceber o que o outro sente), com o objetivo de melhorar e dar novas cores para o relacionamento.

Muitos casais não buscam a terapia com receio de que ela provoque a separação. São muitas e intensas as mudanças na maturidade, inclusive no estilo de vida, e causam interferências nos relacionamentos.

É muito sadia e desejável procurar ajuda, quando necessário.

Dificuldades da vida conjugal

As estatísticas das pesquisas e a realidade a nossa volta comprovam o elevado grau de dificuldade da vida conjugal, tendo como consequência um número crescente de divórcios e relações de curta duração.

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Quando se decide pela “vida a dois” é pouco conhecida a complexidade de conviver com os diferentes valores, costumes e interesses dos parceiros.

Nos momentos de conflito existe uma tendência de que a comunicação vá perdendo a sua qualidade e o distanciamento vá aumentando entre o casal.

Muitas vezes o cenário se agrava com a presença dos filhos, novos elementos na dinâmica familiar, implicando numa revisão de papéis, tarefas e redimensionamento do tempo disponível para intimidade do casal.

Diante das situações conflitivas as trocas amorosas vão se perdendo, o romantismo e a sexualidade vão tomando formas diferentes das expectativas dos cônjuges.

Muitas vezes os papéis nas relações conjugais se cristalizam, levando a relações amorosas estáticas, deixando de lado os objetivos de dar e receber prazer e afeto.

Nesse sentido a Terapia de Casal promove um espaço de diálogo entre os parceiros, uma avaliação da história conjugal, a possibilidade de colocar-se no lugar do outro e explicitar os desejos de mudanças na relação.

Nas sessões cada cônjuge pode conscientizar-se do seu modo de funcionamento pessoal, das suas demandas individuais e das expectativas da relação com o outro.

Desse modo as decisões sobre o rumo da relação conjugal são tomadas de modo mais consciente, após o aprofundamento em todos os aspectos envolvidos na convivência a dois.

(*)Josilainy Toniolo é Psicoterapeuta de casais e famílias. Texto original foi publicado Aqui

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