“Tão bom morrer de amor e continuar vivendo” - Portal do Envelhecimento e Longeviver
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“Tão bom morrer de amor e continuar vivendo”

O filósofo Simon May, professor do King’s College, em Londres, e autor de “Amor – uma história”, lançado no Brasil no fim do ano passado, é impiedoso com os românticos exagerados ou até perversos.

 

 

Trazendo o espanto de Nietzsche em 1988 nas primeiras linhas de seu livro – “quase dois mil anos, e nem um único deus!” – May corrige: “Mas ele estava errado. O novo deus estava ali, na verdade, estava bem debaixo do seu nariz. O novo deus era o amor. O amor humano”.

Em entrevista à Juliana Cunha, da Folha de S.Paulo, o professor e filósofo afirma: “Somos todos fanáticos. Exigimos que nosso sentimento seja eterno e incondicional e camuflamos sua natureza condicional e efêmera. É a mais nova tentativa humana de roubar um poder divino”. “Para ele, o sentimento está supervalorizado: ocupou o espaço deixado pela religião e se tornou o novo deus do Ocidente”, comenta Juliana Cunha na matéria chamada “Sentimental demais”, publicada no dia 8 de janeiro de 2013.

E qual o problema do “Amor” nos tornar seres fanáticos (do bem), de sentimentos incondicionais e “quase” ladrões por natureza do poder divino?

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Seria tão complexo entender que não vivemos para sermos sós? Estamos constantemente em busca de um “estranho outro” que nos complete e nos devolva a parte faltante, perdida nos anos ou vidas do túnel do tempo.

Simon May defende outra teoria. Para ele, “nada humano é verdadeiramente incondicional, eterno e completamente bom. Essa é uma forma de amor que só Deus pode ter. Esse entendimento gera expectativas altas, que relacionamentos cotidianos não são capazes de suprir”.

A história do amor

Viajando pela história, Simon May traça um histórico das diferentes concepções de amor, e atribui ao romantismo do século 19 a culpa pela supervalorização do sentimento. Ele considera que o amor romântico é irreal.

Não necessariamente numa relação a dois a “coisa” se dá dessa maneira, com tantos rancores e frustrações acumulados. E mesmo que seja assim, em alguns casos esse é o movimento de qualquer ser humano social: alguém inconstante, inquieto e incoerente.

Leia a matéria na íntegra na Revista Portal de Divulgação No. 33 (2013): ANO III – Amor, no link Disponível Aqui 

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