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Quero uma qualidade de vida melhor

“Trabalhei um ano durante a campanha presidencial e mais dois anos no governo. São três anos fora de casa. Daqui a pouco minha mulher vai me mandar embora e meu cachorro não vai me deixar entrar em casa”. Ricardo Kotscho, secretário de Imprensa da Presidência, deixa o cargo no final de novembro. Em outubro, ele completou 40 anos de ofício e agora só pensa em descansar, voltar para a família, em São Paulo, e escrever um livro sobre as histórias ao longo desse tempo de jornalismo – o título deverá ser “Do golpe ao Planalto”. “Quero uma qualidade de vida melhor”. Ele também planeja voltar a fazer palestras remuneradas.

Miriam Abreu

 

A permanência no governo por dois anos já tinha sido negociada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Seu substituto, Fábio Kerche, atual secretário-adjunto de Imprensa, está preparado para assumir seu lugar, segundo o próprio Kotscho. “É uma pessoa em quem eu e o presidente confiamos”.

Voltar a trabalhar em redações não faz mais parte dos planos do jornalista, embora ele prefira não dizer “nunca”. “Da última vez que trabalhei na Folha (de S. Paulo) escrevi minha vigésima matéria sobre seca. Não há nada que lamento não ter feito nem nenhuma matéria que eu acho que não tenha escrito”.

Nesta quarta-feira (10/11), Kotscho reúne amigos do governo e da profissão para um jantar, em Brasília, para comemorar os 40 anos de Jornalismo.

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Um balanço dos dois anos no governo

Apesar de a secretaria de Imprensa e Divulgação mudar de comando a partir do próximo mês, a estrutura será mantida. Aliás, Kotscho se diz satisfeito com seu trabalho à frente da secretaria. A única novidade que ele não vai acompanhar de perto, embora já tenha deixado tudo engatilhado, é a reforma do comitê de imprensa do Palácio do Planalto. “A reforma é necessária porque as condições de trabalho no local não são boas. No dia 27/12, ela estará pronta”.

Ele está ciente das reclamações de colegas quanto a entrevistas concedidas por Lula. “Todo mundo reclama, mas nunca um presidente deu tantas entrevistas quanto o Lula em dois anos. Como assessor, penso que quanto mais contato, melhor. Acho que fizemos o máximo nesse período”. Para Kotscho, a experiência de trabalhar no governo federal foi “fascinante”.

Outros dois pontos que marcaram a comunicação nesses dois anos de governo Lula não poderiam passar em branco. Um deles é o projeto de criação do Conselho Federal de Jornalismo, defendido por Kotscho em muitos artigos, nos quais ele estimula o debate sobre o assunto. “Sempre defendi o projeto. Fui diretor do sindicato, vice da Fenaj e membro da ABI. O pedido foi feito pela Fenaj ao Executivo e agora a decisão é do Congresso”.

O caso Larry Rother também provocou polêmica. Kotscho lutou contra a decisão inicial do governo de cancelar o visto temporário do correspondente do New York Times. “No caso, fui minoria, mas lutei para a suspensão da decisão”. Ele afirma que os boatos de que pediu demissão na época são inverídicos.

Fonte: Disponível Aqui 

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