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Que seja eterno, enquanto dure

Será que a durabilidade de uma relação é o mais importante para um casal ser feliz? Será que aprende-se a amar com a quantidade de anos vividos juntos?

Luciana Helena Mussi

 

Lembro que na minha juventude era comum ouvir dos mais velhos (ou mais experientes) frases como essas: “o amor vem com o tempo, não se preocupe”; “um dos dois precisa gostar mais e melhor que seja sempre o homem, eles têm a infidelidade correndo pelas veias”; “o que importa é a amizade, essa coisa de paixão que arde até queimar, só dá problema” e por aí vai, poderíamos escrever páginas e páginas de peculiaridades como essas.

Parece engraçado, mas muitos já embarcaram suas vidas nos conceitos que entremeiam as bizarrices acima e acabaram, ao longo dos anos, devastados pela frustração de tudo que poderia ter sido, um dia, e não foi. E o que resta? Com certeza, não lamentar. De que adiantaria? Acaso alguém viria nos socorrer? Bem, lágrimas ajudam a desafogar nossas equivocadas escolhas, mas bem melhor seria se reconstruíssemos nossas formas de pensar e agir.

Nos dias atuais, imaginar uma relação que dure muito mais que a vida de um ser humano causa espanto e até motivo de reportagem digna de admiração e, claro, um tantinho assim de inveja “branca”. Falamos de John Betar, 102 anos, e sua mulher, Ann, 98, decididamente o casal mais antigo dos Estados Unidos e que no dia 25 de novembro de 2013 comemoraram 81 anos de casamento.

Conta a reportagem do website https://mulher.uol.com.br que no último Valentine’s Day [Dia dos Namorados do Hemisfério Norte, celebrado em 14 de fevereiro], o casal ganhou o título de união mais duradoura dos EUA, concedido pela organização Worldwide Marriage Encounter.

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Vocês poderiam perguntar: esse “feito” é sinônimo de felicidade da vida vivida por John e Ann? Resultado de uma equação matemática: mais anos, mais amor, mais felicidade? Não sei a resposta que outros dariam, mas prefiro a saída encontrada por Vinicius de Moraes: “Que seja eterno enquanto dure”, mesmo que sejam segundos, minutos, horas ou míseros meses. Anos? Seria um luxo!

Tudo indica que Ann concorda com nossa argumentação. Em entrevista para o jornal britânico “Guardian”, a senhora revelou que “o casamento nem sempre é um mar de rosas e que, para permanecer tanto tempo junto, é necessário ter muito respeito pelo outro”. “Com o tempo, aprendemos a respeitar as escolhas de vida da outra pessoa”.

Sem levar muito a sério a discussão, John afirma que “o único motivo de discussão entre os dois é sobre o que vão cozinhar no almoço e no jantar”. Para a agência de notícias “Reuters”, ele acrescenta que “o segredo de um casamento duradouro é sempre concordar com o que sua mulher diz”.

Para os curiosos por um pouquinho da história do casal, a reportagem ainda conta que John e Ann Betar se casaram em 25 de novembro de 1932, contra a vontade do pai da noiva, que queria casá-la com um homem 20 anos mais velho que ela.

Pelo visto, a matemática é uma aliada de Ann: uma boa porção de sorte somada a uma razoável escolha é igual a uma união duradoura e, até que se diga o contrário, feliz.

Referências

UOL MULHER (2013). Casal mais antigo dos EUA está junto há 81 anos e revela segredo da alegria. Disponível Aqui. Acesso em 22/11/2013.

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