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‘Primeiros europeus’ cuidavam dos mais velhos

Os pesquisadores, em sua maioria da Universidade Complutense de Madri, chegaram a esta conclusão ao examinar os restos de uma pelve e de uma coluna vertebral humanas de mais de 500.000 anos encontradas neste sítio, um dos maiores da Europa, incluído em 2000 na lista de patrimônios mundiais da Humanidade.

 

 

O exame “revelou que este esqueleto parcial, pertencente a um homem forte de uma espécie antepassada dos neandertais, sofria de uma grave doença degenerativa muito antes de morrer, com mais de 45 anos de idade”. Este fato também consiste no primeiro registro claro de velhice entre ancestrais do homem.

Essas doenças “obrigavam o indivíduo a ficar numa posição encurvada e, talvez, a usar uma bengala para se manter de pé” e, “provavelmente, o impediam de caçar”. “Sua sobrevivência durante um longo tempo com estes problemas levou os autores a acreditarem que o grupo social nômade do qual este indivíduo fazia parte daria uma atenção ‘especial’ aos seus membros ‘mais velhos'”, escrevem os autores do estudo.

Um estudo anterior, realizado nesta jazida, havia indicado em 2009 que estes homens pré-históricos eram canibais que gostavam da carne de crianças e adolescentes. Os restos fossilizados que foram encontrados na jazida a partir de 1994 pertencem provavelmente aos primeiros seres humanos que se desenvolveram na Europa, denominados “Homo antecessor”.

O Homo antecessor, que viveu antes do homem de Neandertal e do Homo Sapiens, se instalou há cerca de 800.000 anos na cova de Atapuerca após uma longa migração da África, passando pelo Oriente Médio, pelo norte da Itália e pela França.

Fonte: AFP, 11 de Out de 2010.

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