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O que nos “move” é o sentido da vida a partir de “projetos”

Com muito humor e sarcasmo, autor mostra como a sociedade e os próprios velhos se comportam ante as diversas fragilidades da vida. Ao mesmo tempo chama a atenção para a importância de pertencer a um grupo com as mesmas expectativas e vontade de fazer algo.

Laurineide de Freitas (*)

 

A obra literária “Tentativas de fazer algo da vida”, de Hendrik Groen, levanta questões importantes da velhice, que nem sempre são vistas pela sociedade, mas importantes para refletimos sobre nossas velhices e os cuidados que demandam a população cada vez mais idosa e com suas fragilidades.

O autor Hendrik Groen fala do mundo do velho com certo humor e dose crítica da realidade vivida numa instituição de longa permanência para idosos na Holanda, país conhecido pela qualidade de vida desta população. Mas com questões que nos remete a países mais pobres, realidade de abandono e esquecimento, problemas de gestão na casa assistencial (asilo) e falta de envolvimento político e da sociedade com a população de velhos.

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Hendrik é o pseudônimo do autor, narrador e protagonista com 83 anos e três meses. Ele faz questão de falar os meses e não só os anos da sua idade, o que é muito significativo, cada dia tem muita importância quando temos uma vida de sentido.

O dia a dia, vivido no asilo, narrado no diário de Hendrik é permeado de humor e sarcasmo. Mostra como a sociedade e os próprios velhos se comportam frente às fragilidades decorrente do envelhecimento. Mas a importância de pertencer a um grupo com as mesmas expectativas e vontade de fazer algo, movimenta a vontade de viver e perpassa o apoderamento de morrer dignamente nessa obra.

Enfim, Tentativas de Fazer Algo da vida é uma obra de relevância frente às questões abordadas no curso, pois mostra como é possível encontrar o caminho para o cuidado. No qual, o cuidar do outro e cuidar de si, remonta a responsabilidade subjetiva sobre nossas questões, escolhas e desejos.

 

(*) Laurineide de Freitas – Psicóloga, texto escrito durante o curso de curta duração, intitulado Fragilidades na Velhice: Gerontologia Social e Atendimento, ofertado pelo COGEAE-PUCSP, no primeiro semestre de 2017. E-mail: freitaspsicol@gmail.com

 

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