Apesar de útil para o controle e sistematização dos serviços, hoje temos diferentes perfis de instituições sob a mesma nomenclatura, apenas sendo diferenciadas pelo atendimento prestado a idosos com diferentes graus de dependência. Mesmo assim, muitas atendem todos, organizando o espaço por setores ou optando por não segregar idosos em fases moderadas de demência desde que não apresentem comportamentos agressivos.
Maria Luisa Trindade Bestetti *
O termo Instituição de Longa Permanência para Idosos foi atribuído pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia – SBGG – a partir do original em inglês, Long Term Elder Care.
Apesar de útil para o controle e sistematização dos serviços, hoje temos diferentes perfis de instituições sob a mesma nomenclatura, apenas sendo diferenciadas pelo atendimento prestado a idosos com diferentes graus de dependência. Mesmo assim, muitas atendem todos, organizando o espaço por setores ou optando por não segregar idosos em fases moderadas de demência desde que não apresentem comportamentos agressivos.
O que por um lado parece justo e poderia ser visto de modo natural por todos, para muitos idosos com funções cognitivas preservadas essa convivência é incômoda e indesejável, evitando aproximações.
Ainda surgem empreendimentos em más condições de espaço e prestação de serviços, pois nem sempre são formalizados e, portanto, não são fiscalizados. Aos poucos, através de denúncias, esses estabelecimentos são fechados e esse tipo de risco diminui consideravelmente. Por outro lado, o aumento significativo da demanda por vagas em boas instituições faz com que haja o empenho em melhores ofertas, até porque os preços nem sempre são acessíveis aos cuidadores familiares.
Mesmo que haja ainda muito a melhorar, as instituições de moradia para idosos oferecem suporte para cuidados nas atividades da vida diária, boas condições de higiene e manutenção, além de alimentação balanceada e atividades extras para ocupação do tempo livre. Há obrigatoriedade na contratação de profissionais responsáveis por esses setores, além de outros que complementam os postos de trabalho para o pleno funcionamento das casas.
Sugiro três filmes muito interessantes para compreender como funcionam: “O Quarteto” e “De Bem com a Vida”, ambos ingleses, e “Juan e a Bailarina”, filme argentino muito divertido, com histórias que se desenrolam em instituições de moradia coletiva para idosos.
* Maria Luisa Trindade Bestetti é arquiteta e pesquisa sobre as alternativas de moradia para idosos no Brasil, especialmente sobre a habitação mas, também, o bairro e a cidade que a envolvem. Blog Acesse Aqui