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O “Amour” na perspectiva masculina

Por mais piegas que possa parecer, não há como negar: o amor continua sendo ingrediente devastador das nossas mais profundas inquietações, sejam elas da carne ou do espírito.

 

 

Pela perspectiva masculina, histórias de amor tem com começo e meio, desprovidas de fim.

O filme “Amor” mostra a hora e a vez dos homens – Haneke e George Bem – que sofrem pelos seus próprios males e dores da perda do objeto amado. Do macho que limpa, cozinha, cuida, ama e conta histórias. Sim, esse é o “Amour” apresentado pelo cineasta austríaco Michael Haneke, 70 anos.

Em meio a tantas discussões sobre o envelhecimento da população mundial, Haneke surge

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com essa pérola negra, uma forma talvez nada delicada ou suave de contar a história de um

homem e uma mulher que se amam: Georges (Jean-Louis Trintignant, 81) e Anne (Emmanuelle Riva, 85). Um casal até então ativo que vive sua rotina em um apartamento em Paris. É a normalidade da vida de duas pessoas comuns. Até que…

“A doença de Anne quebra este equilíbrio a dois. E se não há muitas surpresas na evolução de uma progressiva descida ao inferno, temperada por um profundo amor, o desenrolar das opções à frente deles é conduzido com grande respeito a tudo o que eles sempre foram. Nunca se instala, também, uma visão piedosa da velhice. Eles poderiam ter outra idade e ter pela frente outros desafios”, assinala Neusa Barbosa em sua reportagem intitulada “Estreia – No premiado ‘Amor’, Haneke contempla a dignidade na velhice”, publicada no jornal O Estado de S.Paulo, no dia 17 de janeiro de 2013.

Por terem vivido e partilhado uma vida de amor e cumplicidade, Georges e Anne lutam para manter a dignidade, para tentar levar adiante, ao menos dentro da própria casa, a vida comum que criaram ao longo dos anos. O enfrentamento da finitude é difícil, mesmo para aqueles que a estudam em profundidade.

Como será, pela lente masculina, ver-se numa situação “quase inimaginável”, pois quem cuida, limpa e ama é, na arrasadora maioria das vezes, a mulher? Lidar com as mazelas, dores, fragilidades e pior, ausência do outro, parece ser algo não reservado aos homens, normalmente poupados da crueza do tempo.

Leia a matéria na íntegra na Revista Portal de Divulgação No. 33 (2013): ANO III – Amor, no link Disponível Aqui

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