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O amor envelhece?

Numa resposta embasada no combate ao idadismo e entendimento da velhice como uma fase importante de nossas vidas a mensagem é sim: amores e afetos envelhecem.


Se você é como eu, uma pessoa do signo de libra, provavelmente seu aniversário aconteceu ou está para ocorrer em breve. Digo isso não para lermos juntes a coluna de astrologia do jornal, mas para refletir sobre os efeitos que os aniversários podem ter em nós.

Já ouvi relatos de amigos que amam, mas outros não gostam nada desse período que alguns poderiam até chamar de “inferno astral”. Porém, mesmo para os mais céticos esse momento traz algumas inquietações, como por exemplo, a pergunta sobre o envelhecimento do nosso amor.

Foto: Foto de Vlada Karpovich/pexels

Numa resposta embasada no combate ao idadismo e entendimento da velhice como uma fase importante de nossas vidas a mensagem é sim: amores e afetos envelhecem.

Nesse contexto, se você ainda é daqueles que enxerga o envelhecer como ruim, convido-o a uma travessia contra o preconceito etário e as opressões sociais. E ultrapassada essa questão, trago mais uma pergunta: o que seria então, o amor?

Da mesma forma que definir sexualidade, amor é algo tão amplo que uma folha de papel não poderia contemplar. É estar, ser, ouvir, questionar, apoiar, conviver e o que mais todos os verbos que você possa lembrar para trazer esse significado.

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É estar em “nós”, desatar “nós” e partilhar “nós”! É sonhar com o futuro, relembrar o gosto do passado e aproveitar o presente!

E assim, dizem que libra é aquele com dificuldades em tomar decisões. Pode até ser verdade em alguns pontos, mas no entendimento amplo da sexualidade eu já tomei uma decisão pra lá de assertiva: serei “eu”, com amores e afetos em evolução e com “nós” a juntar, a desatar e a agregar na primeira pessoa do plural.

Foto destaque de Vlada Karpovich/pexels


Milton Crenitte

Médico Geriatra, Doutor em ciências pela USP. Coordenador médico do ambulatório de sexualidade da pessoa idosa do HCFMUSP. Professor de curso de medicina da Universidade de São Caetano do Sul. Voluntário da ONG Eternamente SOU.

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