Agora “velhice versus inflação” virou matéria do Jornal Nacional e se revela como a “doença” do momento para os idosos. A reportagem anuncia: “A inflação para as pessoas mais velhas subiu menos no último trimestre. Mas os alimentos, em especial alguns que não podem faltar na dieta, continuam subindo.” E não para por aí, números relacionados aos gastos com a saúde são preocupantes para qualquer indivíduo, imaginem para o idoso que dia a dia necessita de mais medicamentos, tratamentos e cuidados específicos.
De fato, a inflação não é boa para ninguém, nosso dinheiro passa a valer menos e com isso temos uma imensa dificuldade em administrar despesas. Mas, conforme menciona a matéria do Jornal Nacional, se ela é ruim para todos, para os idosos, os impactos são muito maiores. “Os gastos com remédios e planos de saúde, por exemplo, correspondem em média a 15% do orçamento. Nas outras faixas etárias esse percentual cai para 10%.”
Já as despesas com habitação mostraram uma queda: 1,30% entre abril e junho para 0,91% no último trimestre. O economista da FGV, André Braz aponta: “Há uma desaceleração em curso, mas 2011 deve superar 2010 em inflação”.
Segundo a reportagem: “No acumulado do ano, a inflação dos mais velhos já chega quase a 4,5%. Em parte esse número foi empurrado pela alimentação. A carne bovina e o açúcar tiveram aumentos significativos nos últimos três meses, mas não os maiores. Mas o maior aumento ficou por conta das frutas, item importante para a manutenção da saúde de qualquer pessoa: “Eu faço das tripas coração para poder comprar”, diz uma mulher. Uma outra senhora avisa: “Vou levar só três para quebrar o galho”.
Um cenário preocupante que não mostra sinais de melhora, haja vista que quanto mais envelhecemos mais caros ficamos e menos entrada financeira temos para suportar tantos “débitos” na nosso mapa orçamentário. Fazemos aniversário e somos presenteados com um aumento na mensalidade do plano de saúde nos obrigando a fazer mais restrições nos gastos, muitas vezes itens de primeira necessidade, básicos para a sobrevivência.
Cortar, diminuir, reduzir, até quando? Sinceramente, espero que a nossa esperança não vire pó ou se esfaleça com a falta de perspectiva porque os anos nos esperam e pelos avanços da medicina, estes anos têm possibilidades significativas de serem muitos. Então, que a vida que nos resta seja prazerosa e, acima de tudo, com saúde!!!
Referências
JORNAL NACIONAL (2011). Inflação para idosos desacelera, mas preço de alimentos continua a subir. Disponível Aqui