No Brasil, 12% dos habitantes são idosos. Em 2030, a projeção é de 30 milhões de pessoas maiores de 60 anos. Diante desta perspectiva, como as instituições que acolhem a pessoa idosa irão se adequar a essa grande demanda? Foi essa a pauta da discussão ocorrida no dia 17 de agosto durante o Seminário “As ILPIs no cenário dos cuidados de longa duração à pessoa idosa”, promovido pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de SP, pelo Fórum de Instituições de Longa Permanência para Idosos/SP e pelo Observatório da Longevidade Humana e Envelhecimento – OLHE.
Alessandra Anselmi * da Redação Portal: texto e fotos
Foram apresentados exemplos no cuidado com idosos com financiamentos tantos privados quanto públicos. Sendo que a realidade hoje é que a grande maioria das ILPIs é de caráter filantrópico – que depende de doações – o que torna o processo de melhorias, moroso e pouco ainda profissional, segundo os moldes a que se deseja e precisa chegar as Instituições de Longa Permanência para Idosos.
Para Marília Berzins, do OLHE – Observatório da Longevidade Humana e Envelhecimento, as ILPIs precisam ocupar o lugar a que de fato merecem: “o que nós precisamos hoje é atualizar essa ideia de institucionalizações.
Para a assistente social e professora aposentada, Tomiko Born, que discursou sobre ILPI – um lugar para se viver, “para muitos, ir para uma ILPI é por si só um processo de luto, porque pode significar de que é o fim da linha, no entanto devemos cada vez mais nos preparar para viver nas ILPIs não como uma falta de opção mas como uma opção certa.
O encerramento do evento foi marcado pela apresentação de Rita Amaral com o seu delicado trabalho fotográfico “Com a palavra: o criado mudo”.
Realizado dentro das ILPIs e que teve como estudo os “criados-mudos” dos idosos e as interessantes descobertas que ela fez ao lidar por meio da fotografia, com esse universo tão particular e tão significativo que traduz as lembranças, os desejos, os medos, a solidão, os sonhos daqueles que hoje estão institucionalizados.