“Carregar o peso da idade nas costas não é nada fácil. A dificuldade de se locomover, de enxergar e até de falar, prejudica ainda mais os idosos. Eles que já viveram de tudo e que deveriam ser tratados com todo respeito, cuidado e carinho, quase nunca recebem essa atenção.
Um dos desrespeitos mais aparentes acontece nas paradas de ônibus e nos veículos de transporte coletivo. Motoristas que “queimam” os pontos e a falta de educação de muitos usuários comuns dentro dos veículos são uma realidade cotidiana.
De acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (SetransBel), na Região Metropolitana de Belém existem 49 mil idosos registrados no “Passe livre”. Isso representa 5,5% do número de usuários – o que chega a 876 mil por dia para uma frota de 1.843 ônibus.
Conforme o estatuto do idoso, os transportes coletivos são obrigados a reservar 10% dos assentos com aviso legível. Apesar de a lei existir, quase nunca é cumprida. A bordo de alguns ônibus da cidade, o DIÁRIO pôde verificar o desrespeito com os mais “experientes”.