Idosos devem adotar medidas especiais para evitar quedas e fraturas

Um simples tropeção ou tombo na maioria das vezes causa dor, incômodo e até mesmo uma marca roxa na pele. Mas o que era simples pode se tornar em um grave acidente quando falamos em quedas na terceira idade.


Segundo dados do Projeto Diretrizes, da Sociedade Brasileira de Gerontologia, a estimativa da incidência de quedas entre pessoas idosas é de 28% a 35% nas pessoas com mais de 65 anos e aumenta significativamente nas que têm 75 anos. Os idosos estão mais propensos a quedas que podem culminar com uma fratura e muitas vezes, esta gera internações hospitalares e longos períodos de imobilização com consequências como infecções pulmonares, tromboses nas veias, etc.

Cuidados básicos do dia a dia podem fazer toda diferença quando o assunto é prevenção de quedas e tombos. A alimentação é um deles. O consumo de alimentos que contém cálcio e vitamina D ou de alimentos enriquecidos com estas substâncias ajuda a prevenir a osteoporose, doença responsável pelo enfraquecimento dos ossos.

Uma rotina de atividade física é essencial para a força muscular, além de ajudar muito na postura, agilidade e mobilidade, permitindo melhor equilíbrio. O simples ato de caminhar, respeitando sempre os próprios limites, é uma atividade excelente. Exercícios como musculação e hidroginástica também são recomendados, desde que sejam realizados após avaliação médica e orientados por um profissional especializado. O consumo de fumo e de álcool deve ser evitado.

O controle de doenças e deficiências, como diminuição da visão, da audição, de deformidades e outras limitações é essencial em relação à segurança, principalmente em ambientes externos e pouco conhecidos. É importante que o idoso consulte sempre seu médico e tente manter as suas atividades habituais, no entanto, recorrendo aos seus familiares e cuidadores para auxilio.

“Deve-se estar atento ao uso correto das medicações, pois muitas quedas que resultam em fraturas são decorrentes de efeitos colaterais como tonteiras, perda dos sentidos, turvação visual, etc. Os acidentes devem ser prevenidos com várias medidas a serem tomadas tanto em casa como na rua. A adoção destas medidas simples reduz o risco de quedas e, consequentemente, o de fraturas da pessoa idosa”, diz Dra. Rosita Fontes Médica do Lâmina Medicina Diagnóstica/DASA CRM:5233846-4.

Seguem algumas mudanças que podem ser adotadas nos ambientes externos que o idoso frequenta e principalmente em casa:

Manter os recintos sempre bem iluminados. Em casa, durante a noite, manter uma luz acesa de modo a iluminar parcialmente o quarto. Nunca ir ao banheiro sem acender as luzes. Ao levantar-se da cama, tomar o cuidado de, primeiro permanecer alguns minutos sentado, depois ficar de pé parado e, somente então, começar a andar.

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Nos locais de circulação em que não haja apoio deve-se colocar barras com este fim. Elas são especialmente importantes ao lado da cama, para auxiliá-los a levantar-se durante a noite, no banheiro, dentro do Box, próximo ao vaso sanitário e também em escadas e rampas; o idoso jamais deve subir ou descer de algum local sem apoiar-se nelas.

Ainda no banheiro, caso haja dificuldade para levantar-se do vaso sanitário, existem tampas especiais que elevam a altura do assento; se houver dificuldade de equilíbrio, existem cadeiras especiais para que a pessoa fique sentada durante o banho.

Todos os pisos e degraus de escadas devem ser antiderrapantes. Caso não tenha esta característica existem adesivos para este fim comprados em lojas de material de construção. Deve-se evitar tapetes, não somente nas salas, mas também no quarto, banheiro e cozinha; eles são responsáveis por grande parte dos acidentes.

Os móveis devem ser adaptados às necessidades da pessoa idosa, por exemplo: a altura da cama pode necessitar ser rebaixada, para que ele se sente tocando os pés no chão, mas não ser demasiadamente baixa ao ponto de dificultar quando ele se levante. Os móveis devem ter os cantos arredondados ou com protetores e deve-se estar atento à distância entre eles ou das paredes, que precisa ser suficientemente larga para que a pessoa transite com segurança. A altura de prateleiras deve ser ajustada para que não fiquem muito altas ou muito baixas.

Do mesmo modo, é importante a organização dos ambientes evitando-se deixar objetos, fios e calçados fora de lugar, para que não haja tropeços. Um cuidado especial também deve ser dado a quem tem animais domésticos, pois podem enroscar-se nas pernas ou pular sobre os donos tirando-lhes o equilíbrio.

É muito importante evitar o uso de chinelos ou andar de meias, dentro de casa; o uso de sapatilhas cômodas, fechadas e antiderrapantes é o mais indicado.

Ao andar na rua, caso tenha um acompanhante, este não deve segurar o idoso pelos ombros, braços ou cotovelos, mas sim fornecer-lhe o braço dobrado para que o idoso se apoie.

Fonte: Revista Fator Brasil, 01/03/11. Disponível Aqui

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