Representantes da Associação dos Bancários Aposentados do Estado de São Paulo (Abaesp), SindSaúde, Fórum dos Cortiços, RPDI – Rede de Proteção do Idoso, Grupo de Articulação Municipal de Idoso da Capital (Garmic), Sindicato Nacional dos Aposentados, Grande Conselho do Idoso e Casa de Clara se reuniram no dia 3 de setembro com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), para cobrar melhorias das políticas para idosos no Programa de Metas 2013/2016.
Redação Abaesp *
Esta é a segunda vez que os representantes se reúnem com o poder público da cidade. A primeira reunião aconteceu no dia 18 de junho, com o secretário de Relações Governamentais do Município de São Paulo, João Antonio da Silva Filho, que encaminhou as reivindicações ao prefeito. Maria da Glória Abdo, à frente da presidência da ABAESP, ressaltou que a principal demanda é a criação da secretaria municipal de políticas para a pessoa idosa. “Esta reivindicação foi aprovada na 3ª Conferência da Pessoa Idosa. Precisamos criar secretarias municipais que fiquem interligadas ao Conselho Nacional do Idoso, já existente. É preciso corrigir o viés discriminatório praticado contra o idoso e garantir transparência na gestão de recursos no município. A existência de uma secretaria municipal pode ajudar na evolução de todas essas questões.”
Segundo ela, “lutamos contra a indiferença pela questão do velho no Brasil. Esse debate é rico para toda a sociedade e com o apoio do Sindicato Cidadão”.
Temas em debate
Também foram debatidos temas como a implantação de oito novas Unidades de Referência da Saúde do Idoso (Ursi), ampliação de 15 para 16 o número de Centros Dia, destinados à população idosa, e a criação de cinco unidades de Instituição de Longa Permanência do Idoso (ILPI). Um dos pontos polêmicos foi o desenvolvimento de uma campanha de conscientização sobre violência contra a pessoa idosa. Para Cícero dos Santos, do Sindicato, ao invés de uma campanha municipal, o ideal seria investimento em práticas mais efetivas, como a implantação de núcleos permanentes compostos por profissionais especializados.
Outro ponto de discórdia foi sobre a alfabetização e estudos universitários. A Universidade Aberta à Pessoa Idosa (Uapi), iniciativa já existente, objetiva a ampliação do conhecimento da pessoa que envelhece e de jovens que tenham o interesse em trabalhar com esse público. No entanto, Cícero aponta que o coletivo reivindica participação na formatação do modelo de universidade. “E precisamos cuidar da questão do idoso ainda não alfabetizado e daqueles que buscam concluir o curso fundamental e médio”, complementa Cícero.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil possui 23,5 milhões de pessoas com mais de 60 anos. Dados do IBGE apontam que os 8.964.850 responsáveis pelos seus domicílios têm a média de escolaridade de apenas 3,4 anos.
Santa Cecília
Outra importante reivindicação feita durante a reunião foi a ampliação da Ursi Santa Cecília. Segundo Cícero, a unidade implantada como projeto piloto no governo Kassab continua sem os aportes necessários, condizentes com a demanda da população idosa da região. “Há necessidade da ampliação do local, equipamentos e corpo clínico para atender a grande demanda de idosos da região central da cidade”, conclui Cícero.
As reivindicações serão acompanhadas pelo coletivo de idosos.
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