Para a artista plástica Hedva Megged, a Arte-vestível é comunicativa e rica em elementos a compor, pois compreende peças autorais únicas, e inclui os tratamentos: criação, escolha dos materiais, pintura, tingidura, cortes, plissados, aplicações, composição de conjuntos, e outros beneficiamentos. Quem veste as roupas faz a sua interpretação pessoal sobre o tema e dá novo sentido aos elementos expostos sobre seu corpo, participando da criação artística.
A inspiração peças de seda pura pintadas com técnica Sertí vem da família botânica Palmacea que inspira uma força masculina vertical e texturas ornamentais mais gráficas do estilo decô, conta a artista plástica Hedva Megged. As palmáceas são semelhantes com uma palmeira, tem o tronco alto e nu, encimado por grandes folhas. Segundo ela, quem veste as roupas faz a sua interpretação pessoal sobre o tema e dá novo sentido aos elementos expostos sobre seu corpo, participando da criação artística.
A artista conheceu essa técnica francesa em 1984, denominada por lá de Sertí, por causa das tintas, aquareladas, e que não interferem na textura original dos tecidos. Hedva Megged gostou muito dos resultados, um aprimoramento da virtuosidade do desenho e da exuberância das cores sobre os tecidos.
A partir de então começou a desenvolver suportes novos para aplicar os tecidos pintados como: painéis, biombos e a Arte-Vestível. Ao mesmo tempo, desenvolveu técnicas de tratamento e pintura aplicáveis em tecidos sintéticos, acetato e poliéster.
Suas coleções de peças artísticas vestíveis levam um Tema e sua inspiração vem dos elementos contrastantes da natureza e da paisagem. A última inspiração vem da família botânica Palmacea. Os tecidos, de diferentes texturas, são pintandos ora com grafismos ora com pinceladas livres e expressivas, às vezes com cores complementares e outras com cores contrastantes ou análogas.
Segundo ela, a Arte-vestível é comunicativa e rica em elementos a compor, pois compreende peças autorais únicas, e inclui os tratamentos: criação, escolha dos materiais, pintura, tingidura, cortes, plissados, aplicações, composição de conjuntos, e outros beneficiamentos.
Quem é Hedva Megged
Hedva Megged nasceu em Kibutz Hulda, Israel, em 1942. Graduou-se pela Escola Superior de Belas Artes em Bat-Yam, Tel-Aviv, Israel. Em seguida ela recebe duas bolsas como estudante livre, da Secretaria de Educação e da Universidade Federal do México para completar seus conhecimentos sobre Arte. Na ocasião participa do grupo de artistas ajudantes nos grandes murais do mestre David Alfaro Siqueiros, um dos maiores pintores mexicanos e um dos protagonistas do muralismo mexicano, juntamente com Rivera e Orozco, aperfeiçoando assim seus estudos artísticos.
Realizou inúmeras exposições individuais e participou de outras tantas coletivas, alcançando vários prêmios.
Vive no Brasil desde 1972 atuando nas manifestações e suportes das artes visuais e atualmente – desde 1990 – está engajada no movimento “Vestir-se com Arte”.
Cronologia artística
Hedva Megged chega ao Brasil em 1972 e, desde então, tem se dedicado ao trabalho artístico em múltiplas técnicas e suportes. Cinco anos depois ela inicia seu trabalho na instrução das artes visuais até os dias de hoje, orientando artistas e outros profissionais das artes nas questões da composição ou na preparação dos conteúdos de mostras e instalações. Publicou diversas apostilhas com este seu trabalho.
Em 1981 Hedva Megged concretiza cenários e figurinos para teatro-dança no Festival de Dança de Salvador, Bahia, e para o coreógrafo Ivaldo Bertazzo em São Paulo. Nesse mesmo período realiza mais de 28 exposições individuais em Israel, México, EUA e Brasil. Fora isso ela participa em mais 35 exposições coletivas em pintura, gravura e desenho no Brasil e no exterior, sendo citada em várias publicações.
Em seguida a artista plástica acrescenta à sua experiência a pintura sobre seda, criando suportes novos, como painéis, biombos e vestuário-arte. Ela leva este trabalho para várias mostras internacionais de “Wearable Art”, entre as mais destacadas estão:
a) “Traje, Um objeto de Arte?”, promovida pela Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa, Portugal;
b) Traje e arte”, no Palácio das Artes em Belo Horizonte, Minas Gerais;
c) “Um Bando”, na Galeria Silvia Ribeiro, São Paulo;
d) “Art to wear – Kunst Als Kleidung” em Düsseldorf e outras três cidades na Alemanha;
e) ”500 anos de Design Brasileiro” na Pinacoteca, SP;
f) “Roupa de ver a Deus” na Acasa, Museu do Objeto Brasileiro, SP;
g) Faz ilustrações para dois livros, escritos por Gercilga D’Almeida;
h) Monta duas exposições em SP: Uma de biombos e painéis no Átrio do Hospital Albert Einstein e outra de telas, denominada “Jardins adjacentes” na galeria “Mercado das artes”;
i) É escolhido um quadro Díptico da série “Elementos” Terra para a coleção do patrimônio cultural da cidade de SP, na assembleia Legislativa de SP; e
j) Exposição permanente de Vestuário – Arte, na “Esencial”, espaço de decoração e design, São Paulo; e
k) 2006 até a atualidade – Dedica-se ao movimento “Vestir-se com Arte” participando de eventos e exposições temporárias, com telas e vestuário-arte.
Hoje Hedva Megged se dedica ao movimento “Vestir-se com Arte”, participando de eventos e exposições temporárias, com telas e vestuário-arte.
Reconhecimento artístico
Ao longo de sua carreira, Hedva Megged recebeu inúmeros prêmios, entre os quais: Salão da Funarte (1978 e 1979), edições do Salão de Arte Brasileira da Fundação Mokiti Okada; Salão Nacional de Arte Contemporânea (1977 e 1984); Panorama da Arte Brasileira no MAM-SP (1997); Salão de Desenho Brasileiro em Curitiba, Paraná (1983). Foi convidada especial nos 15 Anos de Exposição Brasil-Japão, da Fundação Mokiti Okada (1987).