Analisar evidências científicas atuais da associação entre a periodontite e aterosclerose em adultos foi o principal objetivo do estudo de doutorado desenvolvido por Adriana Paiva Camargo Saraiva,* odontóloga e professora da Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida, no Pará, o qual contou com a orientação da professora Eugênia Velludo Veiga, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP.
Buscando subsidiar os profissionais no tratamento e na reflexão sobre a atenção à saúde integral do indivíduo, o método de revisão sistemática foi escolhido por Adriana, por ele ser validado na abordagem da prática baseada em evidências.
De acordo com a professora, como resultado de sua pesquisa, estudos clínicos controlados randomizados, publicados em diferentes países e áreas, como medicina, odontologia e farmácia bioquímica, apontaram para aumento de substâncias químicas de risco para aterosclerose na corrente sanguínea de pacientes com periodontite, bem como redução destas após o tratamento da infecção bucal.
Desta forma, seu estudo recomenda cuidados com a saúde bucal devem ser aplicados, especialmente em cardiopatas, por apresentarem maior risco de morbi-mortalidade cardiovascular por processos ateroscleróticos.
*Possui graduação em Odontologia pela Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas (1996) e mestrado em Odontologia Restauradora pela Faculdade de Odontologia da USP (2003). Obteve do título de doutora em Ciências pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, em 2010.
Fonte: Podcast produzido por Tiago Zenero. Toque da Ciência. Disponível Aqui