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Empresário conquista o prazer de tocar um instrumento

Flavio Scognamiglio não vê a hora de chegar em casa e trabalhar em novas composições: todos os dias, ele reserva algumas horas para tocar e compor em seu piano de cauda.

Marisa Adán Gil 

 

Quando era pequeno, Flavio Romano Scognamiglio não gostava de tocar piano. Mesmo assim, sua mãe, Flora, fazia com que estudasse todos os dias. “Nunca aprendi a ler partituras direito, preferia tocar de ouvido”, lembra-se. Na adolescência, ele se apresentava em festas de amigos ou encontros familiares.

Mais tarde, o piano perdeu espaço para a formação acadêmica: ele cursou Direito na Universidade Mackenzie e Ciências Econômicas na USP. Em 1966, sua atenção se concentrou no negócio que acabara de abrir: a Cobral, especializada em abrasivos para granito e mármore. Pioneira no setor, a empresa faturou R$ 24 milhões em 2009.

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Foi em 1998 que a música voltou à vida de Scognamiglio, por intermédio de sua filha, Roberta. “Queria que ela aprendesse a tocar um instrumento e, para dar uma força, me inscrevi com ela no curso de piano”, conta. Em uma das primeiras aulas, o professor, Marcelo Elias, precisou sair por alguns instantes. Sozinho, Flavio começou a tocar uma composição de sua autoria. “Que música é essa?”, perguntou o professor, de volta à sala.

Ao saber que o empresário era o autor, Elias insistiu para que ele gravasse a composição, e se ofereceu para fazer um arranjo. A parceria pegou e o primeiro CD, Poema do Agradecimento, foi lançado em 2004. No repertório, sambas, boleros e bossa nova. Na sequência viria Momentos Preciosos, em 2007. No terceiro trabalho, Scognamiglio foi mais ambicioso: ao lado de um novo colaborador, Rodrigo Vitta, produziu um CD com poemas sinfônicos, O Voo da Gaivota.

Agora, prepara-se para lançar o quarto trabalho, Partidas e Chegadas. “A música me tornou mais humano.” Como ele arruma tempo para tocar? “Cortei drasticamente o tempo da TV e do computador”, diz. Todos os dias, quando volta para casa, ensaia novos acordes no seu piano Yamaha. “Descobri que minhas músicas têm o poder de emocionar as pessoas. Isso é um privilégio.”

Em termos profissionais, Scognamiglio se considera realizado. Suas ambições estão no campo musical. “Gostaria que minhas composições fossem divulgadas no mundo inteiro. Não tenho intenção de ganhar dinheiro. O que eu quero é tocar o coração das pessoas.”

Fonte: Revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios. Acesse Aqui

 

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