Michel Ragon (Difel) resgata em “Eles se Acreditavam Ilustres e Imortais” destinos marcados por uma velhice trágica, declínio profissional e total esquecimento, apesar de voltarem a ser reconhecidos e idolatrados após a morte. É o caso de Ezra Pound, Gustave Courbet, Piotr Kropotkin, Alexandre Dumas, René Descartes, Knut Hamsun e Georges Clemenceau, cujas trajetórias são analisadas neste livro, evocando-se a velhice, as ilusões, a decadência física, mortal e espiritual, mas também genialidade e glória.
Muitos se tornaram testemunhas impotentes de suas próprias derrotas, como Ezra Pound – acusado de ligações perigosas com o fascismo -, que reconheceu, após 13 anos de internação psiquiátrica nos Estados Unidos e na beira da morte: “Errei. Errei 95%. Perdi a cabeça em uma tempestade (…). A perda da moderação é sempre uma desgraça”