A ideia é que ele seja uma solução simples, um curativo que possa ser aplicado às várias partes do corpo e apresente alto desempenho. Projetado para ser pequeno, flexível e descartável após o uso, o produto utiliza fonte de luz e bateria flexíveis envoltos por uma biomembrana. A proposta é que esse curativo promova a redução e bloqueio da dor através de doses precisas de aplicação e isso, segundo os pesquisadores, é a chave do tratamento com a fototerapia.
Agência Usp *
Os resultados obtidos com o estudo levaram à criação da empresa Bright Photomedicine, que atualmente desenvolve o Light-Aid®, um tipo de curativo aplicado à pele que visa bloquear a dor por meio de reações fotoquímicas. O equipamento, que já foi patenteado pelo pesquisador, funciona acompanhado de um aplicativo que controla a dose e o tipo de luz exata para cada paciente.
No final de 2015, Bright Photomedicine conquistou a primeira colocação no programa de aceleração de startups da Startup Farm, realizada na USP, com o tema “Disrupt: transformando ciência em negócios tecnológicos”.
A ideia é que ele seja uma solução simples, um curativo pequeno, flexível e descartável após o uso
que possa ser aplicado às várias partes do corpo e apresente alto desempenho. O produto utiliza fonte de luz e bateria flexíveis envoltos por uma biomembrana. Foram desenvolvidos um software e aplicativo para dispositivos móveis que permitem adequar a melhor dose possível ao tratamento, levando em conta as características pessoais do usuário. A proposta é que esse curativo promova a redução e bloqueio da dor através de doses precisas de aplicação e isso, segundo os pesquisadores, é a chave do tratamento com a fototerapia.
Pesquisa
Para entender a ação do laser terapêutico contra a dor, foi estudada a região do córtex somestésico primário de camundongos – área do cérebro em que todas as informações sobre dor, em humanos e em animais, são interpretadas. Ao aplicar feixes de laser nessa região, Marcelo de Sousa descobriu, então, que ele agia bloqueando a transmissão de impulsos elétricos entre os neurônios, reduzindo a propagação da dor. “Essa é uma técnica que deveria ser difundida e muito usada, porque só traz benefícios ao paciente”, afirma.
Segundo a professora Elisabeth Yoshimura, orientadora da pesquisa, “de tudo que já se estudou nessa área de fotomedicina, com as potências e energias empregadas, e nos comprimentos de onda usados, é possível dizer que em humanos não há efeitos colaterais. Essa técnica já é empregada em fisioterapia, odontologia e em medicina, principalmente como anti-inflamatório, cicatrizante e analgésico, em aplicações locais”.
Reconhecimento
O estudo de Marcelo recebeu menção honrosa no Prêmio Capes de Tese de 2015, ocasião em que o Programa de Pós-Graduação em Física da USP também foi homenageado e recebeu menção honrosa pela excelência no trabalho de formação que vem empreendendo ao longo dos anos.
(*)Do USP Online, com informações Assessoria de Comunicação do IF e da Acadêmica Agência de Comunicação. Acesse Aqui