A expectativa de vida do brasileiro cresce a cada ano e, junto com ela, o interesse da terceira idade pela educação financeira. Os cursos para esse nicho da população, no entanto, ainda são bem escassos. Há algumas iniciativas isoladas, como uma cartilha lançada no ano passado pelo governo de São Paulo? que é entregue gratuitamente nas unidades da Defensoria Pública? e uma ou outra palestra.
Roberta Scrivano
Especialistas em finanças salientam a importância de os velhinhos despertarem cada vez mais o interesse pessoal pela administração responsável e elaboração dos investimentos.
“A terceira idade tem características peculiares. Por isso, precisam procurar orientações específicas para as finanças”, diz Marcos Silvestre, economista e coordenador do Centro de Estudos de Finanças Pessoais & Empreendedorismo. A principal peculiaridade de quem já vive a aposentadoria, segundo Silvestre, é a renda mensal. “Não há incremento de renda, tampouco a expectativa de haver um aumento significativo ou coisas desse tipo”, afirma.
Partindo desse cenário, tanto Silvestre quanto Mauro Calil, educador financeiro, afirmam que o aposentado precisa entender alguns investimentos que poderão trazer melhores rendimentos no mês. “Segurança e conservadorismo são a regra número um”, indica Calil.
Mas segurança e conservadorismo não são sinônimo apenas de caderneta poupança. “Tesouro Direto é uma excelente opção, sobretudo porque é fácil lidar e o rendimento é mais interessante do que a caderneta”, completa Silvestre.
A liquidez também é importante, já que os velhinhos precisam ter acesso fácil ao dinheiro, caso precisem de verba para alguma emergência. Os papéis do Tesouro podem ter liquidez semanal, mensal ou semestral. No caso da poupança, é diário.
Cálculos de Silvestre mostram que tirar recursos da poupança e aplicá-los no Tesouro podem resultar em ganhos até 25% maiores. “Se o aposentado tem R$ 1 milhão na poupança, o rendimento mensal será de R$ 5,5 mil. Nos papéis NTN-B com vencimento para 2045, esse rendimento sobe para R$ 7,5 mil.”
Para quem tem imóveis e compõe a renda com o valor dos aluguéis, Calil afirma que a venda do bem e a aplicação do valor total no próprio Tesouro Direto, em fundos de investimentos imobiliários (se o gosto do aposentado for mesmo pelos imóveis) ou ainda em debêntures é mais interessante. “Nos três casos (Tesouro, fundo imobiliário e debêntures), a rentabilidade quase sempre é maior do que o aluguel”, explica o educador financeiro.
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Fonte: O Estado de S.Paulo, 21/06/2010. HYPERLINK Disponível Aqui
A expectativa de vida do brasileiro cresce a cada ano e, junto com ela, o interesse da terceira idade pela educação financeira. Os cursos para esse nicho da população, no entanto, ainda são bem escassos. Há algumas iniciativas isoladas, como uma cartilha lançada no ano passado pelo governo de São Paulo? que é entregue gratuitamente nas unidades da Defensoria Pública? e uma ou outra palestra.
Especialistas em finanças salientam a importância de os velhinhos despertarem cada vez mais o interesse pessoal pela administração responsável e elaboração dos investimentos.
“A terceira idade tem características peculiares. Por isso, precisam procurar orientações específicas para as finanças”, diz Marcos Silvestre, economista e coordenador do Centro de Estudos de Finanças Pessoais & Empreendedorismo. A principal peculiaridade de quem já vive a aposentadoria, segundo Silvestre, é a renda mensal. “Não há incremento de renda, tampouco a expectativa de haver um aumento significativo ou coisas desse tipo”, afirma.
Partindo desse cenário, tanto Silvestre quanto Mauro Calil, educador financeiro, afirmam que o aposentado precisa entender alguns investimentos que poderão trazer melhores rendimentos no mês. “Segurança e conservadorismo são a regra número um”, indica Calil.
Mas segurança e conservadorismo não são sinônimo apenas de caderneta poupança. “Tesouro Direto é uma excelente opção, sobretudo porque é fácil lidar e o rendimento é mais interessante do que a caderneta”, completa Silvestre.
A liquidez também é importante, já que os velhinhos precisam ter acesso fácil ao dinheiro, caso precisem de verba para alguma emergência. Os papéis do Tesouro podem ter liquidez semanal, mensal ou semestral. No caso da poupança, é diário.
Cálculos de Silvestre mostram que tirar recursos da poupança e aplicá-los no Tesouro podem resultar em ganhos até 25% maiores. “Se o aposentado tem R$ 1 milhão na poupança, o rendimento mensal será de R$ 5,5 mil. Nos papéis NTN-B com vencimento para 2045, esse rendimento sobe para R$ 7,5 mil.”
Para quem tem imóveis e compõe a renda com o valor dos aluguéis, Calil afirma que a venda do bem e a aplicação do valor total no próprio Tesouro Direto, em fundos de investimentos imobiliários (se o gosto do aposentado for mesmo pelos imóveis) ou ainda em debêntures é mais interessante. “Nos três casos (Tesouro, fundo imobiliário e debêntures), a rentabilidade quase sempre é maior do que o aluguel”, explica o educador financeiro.
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Fonte: O Estado de S.Paulo, 21/06/2010. HYPERLINK Disponível Aqui