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Consumidor com mais de 60 anos é alvo de empresas

Público cada vez maior, a terceira idade está preocupada com a saúde, o bem-estar e disposta a investir na qualidade de vida. Até 2025 serão 30 milhões de pessoas – cheias de disposição e mais dinheiro no bolso – acima de 60 anos no País, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E junto com essa longevidade crescerão os mercados de serviços direcionados à terceira idade.

 

 

Quem se torna sexagenário, continua ativo, trabalhando, estudando ou só aproveitando o que décadas de responsabilidade adiaram. Aposentadoria é época de novos projetos. E consumo. Seja de produtos ou experiências.

Cálculos do Instituto Somatório, empresa de análise de informações de marketing, indicam que o total da renda mensal da terceira idade no Brasil chega a R$ 7,5 bilhões, o correspondente a 15% dos rendimentos dos domicílios no País. Dentro dessa faixa etária, 93% têm renda própria.

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É verdade que parte considerável dos idosos contribui com as despesas familiares, ajudando nas contas. Mas é outro quadro que tende a se modificar. “Com a melhora da economia, a tendência é que sobre mais dinheiro para gastarem com eles mesmos”, explica o sócio-diretor do Instituto Somatório, Marcelo Guerra.

A transformação demográfica no Brasil terá impacto no comportamento da sociedade, exigindo adaptações das empresas. Por enquanto, o que existe de oferta é pouco. “A demanda já é grande, mas os serviços adequados ainda escassos”, diz o especialista em marketing e planejamento estratégico Marcos Morita, professor da Universidade Mackenzie.

O empreendedor animado em investir no nicho, repleto de oportunidades, não pode cometer um erro fatal: vender qualquer coisa associada à idade avançada ou à incapacidade. O serviço ou produto deve trazer a ideia de convivência entre pares, mas com espírito jovem.

A antropóloga Zilda Knoploch, presidente da Enfoque Pesquisa, fez um estudo qualitativo com a terceira idade onde verificou que parte desse público realmente renega a nova fase, a maior parcela ainda é tradicionalista (com jeito de vovó que faz crochê e se anula diante das necessidades da família) e aqueles que ela batizou como “celebrators”. “São os que não enxergam a maturidade como velhice. Estão satisfeitos com as conquistas e sabem como usar o tempo. Eles celebram essa fase.”

Fonte: Acesse Aqui  em 28/08/2011.

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