A luteína é um importante carotenoide que apoia a saúde dos olhos. Ela está concentrada nos olhos e, especificamente na mácula, uma área pequena, altamente especializada da retina, envolvida na transmissão de informações para o córtex visual do cérebro (Krinsky, 2003; O’Neill et al., 2001).
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Para se ter uma ideia do volume dessa concentração, ela é 500 vezes superior à presença da luteína em outros tecidos do corpo humano (Pediatrics, 1996). “A retina é muito vulnerável à luz e ao oxigênio, sendo extremamente suscetível ao dano oxidativo (Mares-Perlmann, 2002; Ma & Lin, 2010; Fzsanz, 2009); e a luteína age como uma barreira natural a esse processo”, diz o Dr. Ricardo Rosenfeld, diretor Médico da Divisão Nutricional da Abbott, empresa global em cuidados para a saúde.
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Estudos científicos apontam que o consumo da luteína em quantidades apropriadas, por meio de uma alimentação mais saudável ou suplementação, reduz o risco de problemas como degeneração macular, catarata e outras desordens (Alves-Rodrigues, 2004)da visão muito frequentes no Brasil. “No entanto, em nosso país a luteína não é muito conhecida e sua importância na alimentação de crianças e adultos é pouco comunicada para o público em geral”, alerta o Dr. Rosenfeld.
A luteína pode ser encontrada principalmente nas hortaliças. Mas estudos mostram que a ingestão média desse tipo de alimento pela população brasileira é deficiente (Perry; Rasmussen; Johnson; Xantophyll, 2009): “de apenas uma (1) porção/dia, quando deveria ser de três (3)”, diz o Dr. Rosenfeld. Ele explica ainda que o corpo humano não é capaz de produzir a luteína e que, dentre os cerca de 50 carotenóides (Frick, 2009)a que estamos expostos por meio dos alimentos, a luteína é o único que se aloja na mácula e protege a rede de conexões entre o nervo ocular e o cérebro. “Daí a importância de estarmos atentos a uma dieta mais rica na substância”, diz.
Onde encontrar a luteína
Além do leite materno, a luteína é encontrada nos seguintes alimentos: hortaliças, principalmente as de cor verde-escura, em especial o espinafre e a couve (100 g de espinafre contêm cerca de 12 mg; e 100 g de couve, 9 mg do nutriente); quantidades menores podem ser encontradas em brócolis, ervilha, folha de nabo e abobrinha; milho e derivados; e ovos (Perry; Rasmussen; Johnson; Xantophyll, 2009; e O’Neill, 2001).
Referências
Alves-Rodrigues A, Shao A. The science behind lutein. Toxicol. Letters 2004;150: 57-83.
Frick JE, et al. AgroFOOD Industry Hi-Tech. 2009 (suppl 6);20:18–20)
Krinsky NI, et al. Annu Rev Nutr. 2003;23:171–201.
Landrum JT, et al. Arch Biochem Biophys. 2001;385:28–40.
Mares-Perlmann, 2002; Ma & Lin, 2010; FZSANZ, 2009.
Pediatrics. 1996;98:153–157.
Perry, A.; Rasmussen, H.; Johnson, E.J. Xantophyll (lutein, zeaxanthin) content in fruits, vegetables and corn and egg products. J. Food Comp. Analysis., 22, 9-15, 2009.
O’Neill, M.E. et al., A European carotenoid database to assess carotenoid intakes and its use in a five-country comparative study. Br. J. Nutr.,85, 499-507, 2001.