Aplicativos com um Layout simples e prático, auxiliam médicos e pacientes no diagnóstico e prevenção de doenças. Funciona como um guia para os exames a serem solicitados de acordo com o perfil do paciente. Mas não devem substituir acompanhamento profissional. No Brasil há o Virtual Check Up e o FotoSkin.
Um exemplo de aplicativo que está sendo bem disseminado é o brasileiro Virtual Check Up, que, com o apoio do Ministério da Saúde e de outras instituições de renome internacional, transmite gratuitamente aos usuários dados atualizados relativos a exames que devem ser feitos, assim como indicações de vacinas. Seu sistema funciona de acordo com a idade, o sexo e outras informações do paciente.
O aplicativo gratuito foi desenvolvido pelos médicos Fabio Freire, Gustavo Schvartsman e Henry Porta, da Unifesp / Escola Paulista de Medicina, a fim de ajudar o médico que irá realizar um Check Up em seu paciente. Eles foram um pouco além dos exames. Resolveram incluir no programa, as vacinas preconizadas para cada caso. Algo que muitos médicos esquecem de solicitar aos seus pacientes.
A ideia do aplicativo baseou-se principalmente no United States Preventive Services Task Force (USPSTF). As recomendações vacinais provém do CDC e do Ministério da Saúde do Brasil. As recomendações sobre Doenças Hepáticas, Diabetes, DPOC e AVC seguem as mais conceituadas sociedades de especialidade do mundo.
Com um Layout simples e prático, o aplicativo funciona como um guia para os exames a serem solicitados de acordo com o perfil do paciente.
A médica dermatologista Tatiana Gabbi, da Universidade de São Paulo (USP), considera esse aplicativo um aliado dos médicos. “O Virtual Check Up é uma ferramenta desenvolvida por médicos clínicos que atuam em um hospital universitário dos Estados Unidos e visa auxiliar outros médicos a solicitarem, de acordo com o perfil do paciente que estiver diante deles, exames de checkup”, explica.
O aplicativo Virtual Check Up recomenda vacinas ou exames para pacientes com base em informações como idade, sexo e condições de saúde. Seu objetivo é auxiliar na prevenção de doenças sem substituir a consulta médica.
Observados esses pontos, a médica dermatologista apoia o uso de aplicativos por seus pacientes. “Esses aplicativos disseminam informações importantes de saúde e não devem ser tratados como uma ameaça”, afirma. “Pode ocorrer de algumas dessas informações estarem erradas, mas isso também acontece com livros e até artigos científicos publicados; com aplicativos não é diferente”, completa.
Outro aplicativo que Gabbi considera uma boa ferramenta para uso da população é o FotoSkin, gratuito e desenvolvido na Espanha. Ele auxilia na prevenção do câncer de pele, divulgando informações sobre pintas ou manchas suspeitas que podem aparecer no corpo (por exemplo, sinais que mudam de tamanho e de cor). Além disso, o sistema ajuda na identificação desse tipo de mancha por meio de fotos da pele do usuário, para que ele possa posteriormente procurar o dermatologista.
Nem todos os profissionais de saúde concordam com o uso dos aplicativos. Para ler mais a respeito, leia a matéria de Valentina Leite, publicada no dia 27 e maio de 2015 no Ciência Hoje On-line. Disponível Aqui