Celular para idosos: botão de emergência e teclas grandes

Esperamos um tempo seu lançamento no mercado e nada. Então fomos atrás da TIM, operadora que comercializaria em primeira mão o dito aparelho. Passaram-se os meses, ano e até agora nada vimos no mercado, até que de novo novas manchetes da nossa imprensa anunciam mais um celular “de olho na vovó”. A bola da vez é a fabricante chinesa ZTE, que promete lançar o S302, um celular com funções específicas para idosos.


A matéria da Folha Online destaca que o celular “tem teclas grandes, o que deverá ser um alívio para aqueles com vista cansada. Isso é feito diminuindo a tela, o que mantém o telefone com tamanho comparável a outros modelos atuais”. Destaca ainda que o “aparelho parece o filho bastardo gerado por uma calculadora e um celular. Os números que surgem na tela são grandes, maiores do que em celulares tradicionais”.

Alguém que já completou 45 anos precisa de um celular com características específicas, e que seja bonito, não precisa ser bastardo de outros celulares. Parece que muitos dos profissionais que trabalham com designer não perceberam que a combinação velhice e feiúra é uma bomba cheia de preconceitos. As pessoas acima de 60 anos, especialmente aquelas que estão chegando nessa idade agora estão cada vez mais exigentes, ativas e empoderadas. Ter um celular hoje é uma necessidade e que ele seja funcional e prático é outra demanda que o mercado começa a perceber.

A matéria da Folha Online cita que o “trunfo do S302 é um grande botão laranja para situações de emergência localizado na sua parte de trás. Ao ser acionado, ele dispara ligações e mensagens SMS para até quatro números predeterminados. Se um número não responder, ele liga para o próximo. Durante as ligações, o celular emite um ruído de sirene altíssimo e, quando alguém responde, ele ativa o viva-voz automaticamente”, funções que segundo a matéria, funcionaram bem nos testes da Folha.

A matéria assinala ainda que o lado negativo do aparelho é que o idoso vai precisar de ajuda para configurar tudo isso, pois o celular não dispõe de interface e menus intuitivos. Abrir a tampa do compartimento de bateria e chip também exige mais força do que o esperado. E termina dizendo que “com preço sugerido de R$ 169, não há razão para a vovó não ter um desse”. Isto é, termina de forma tão preconceituosa quanto começou, utilizando o termo “vovó”, como se eles tivessem como única atividade na vida cuidar de netos, função que a priori não precisaria de celular.

Fonte: Disponível Aqui

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