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Gastos sociais com idosos são um investimento, não um custo

“Os gastos públicos com populações idosas não devem ser considerados como se fossem apenas um custo para a sociedade. É mais correto considerar esses gastos como investimentos que podem trazer benefícios significativos para a saúde e o bem-estar das pessoas idosas e para a sociedade como um todo – investimentos que geram uma maior participação das pessoas, mais consumo e mais coesão social. Ao invés de orientar-se apenas pela ideia de redução dos gastos sociais, as políticas para o envelhecimento devem ser formatadas para ampliar as habilidades das pessoas idosas e para ajudá-las a fazer coisas que elas valorizam e que podem trazer contribuições para todos.”

Organização Mundial da Saúde. Tradução livre: Prattein

Nos países desenvolvidos, é crescente o número de pessoas com mais de 60 anos que se mantêm ativas e trabalhando por mais tempo. Dados da revista The Economist mostram, por exemplo, que entre os alemães a proporção de idosos ativos alcançava 50% no ano de 2014.  No Brasil a proporção de homens e mulheres idosos no mercado de trabalho ainda é pequena em comparação com os países mais desenvolvidos, mas já há uma tendência no país de crescimento do número de pessoas idosas que mantêm sua vida produtiva.

Os idosos brasileiros possuem um nível de escolaridade mais baixo que o das populações mais jovens. Nesse sentido, é essencial o desenvolvimento e ampliação de políticas e programas de educação e formação profissional voltadas a esse segmento.

No médio e longo prazo, uma educação de maior qualidade será fator decisivo para que nossa atual população de jovens e adultos possa prolongar sua vida profissional com sucesso até fases mais avançadas da vida. A mesma revista The Economist mostra que entre os idosos norte-americanos com curso superior, 65% continuam trabalhando; já que entre os possuem apenas ensino médio, 32% se mantêm produtivos.

Seja pelo benefício social gerado pela ampliação da vida produtiva das pessoas idosas, seja pelo impacto positivo na saúde física e mental da população, as políticas para o envelhecimento devem priorizar a criação de oportunidades para a manutenção da vida ativa e de condições dignas de trabalho para as pessoas com mais de 60 anos.

 

 

 

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